quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Os encantos de Bruges



 A melhor maneira de conhecer Bruges é caminhando pelas ruas, pois a cidade é rodeada por belos cenários.  

Dormir no “hotel Pegeout” foi até que agradável, exceto pelo sistema de calefação que não funcionava perfeitamente (às vezes tínhamos que ligar o carro para dar uma esquentada no ambiente). Ficamos estacionados em um posto de gasolina em Bruges, por volta de 8h fomos acordados pelo tiozinho batendo no vidro e avisando: “no parking”, tudo bem já era hora de acordar mesmo! (rsrsrs...)

Primeiro fomos na Fnac usar o banheiro, dar um trato, coisa e tal... Aí sim, estávamos prontos para descobrir
as belezas que Bruges nos reservava. Começamos pela Markt (Market Square), uma praça no centro, que nos pareceu muito mais bonita que a “mais linda do mundo” (segundo a UNESCO, “Grand Place” em Bruxelas).

Aliás, a cidade toda é linda, muito charmosa, dividida por canais, com vários cafés e restaurantes bem decorados espalhados pelas ruas. Não é à toa que é intitulada a “Veneza do Norte”, é tão requintada que encontramos até uma loja que consideramos “sexy shop” (não sex shop), exclusiva para mulheres e especializada em lingeries, cremes, roupinhas etc, mas de muito bom gosto, nada pejorativo.

Mudando da água para o vinho, visitamos a “Heilig Bloed basiliek” (Basílica do Sangue Sagrado), que há cerca de 850 anos, guarda um pedaço de tecido marcado pelo sangue de Cristo. Nossa, é emocionante chegar perto de uma relíquia dessas!!!  O pedaço de tecido fica protegido em uma redoma de vidro num altar, no qual podemos nos aproximar, ver em detalhes, tocar (vimos umas pessoas até beijando o vidro), mas tudo sob a supervisão de um padre que a cada visita passa um paninho limpando o vidro.

Apesar de não sabermos se é realmente verdadeiro, o que vale é a fé (eu até chorei!), a única coisa que não entendermos é o que uma preciosidade dessas esta fazendo em uma pequena igrejinha de Bruges?! Um tesouro desses, no mínimo, deveria estar no Vaticano... Vai entender... – Quem souber, por favor, nos explique!!!

Almoçamos em um restaurante muito aconchegante e bonitinho, comemos uma massa e sopa pela bagatela de 9 euros!!! Isso é barato, pois é difícil encontrar uma boa refeição a este custo.

Depois fomos pegar “sorte” junto à placa em bronze, próximo a Market Square. Trata-se de um momento de um homem deitado com vários detalhes ao redor, preso a parede. Pelo pouco que pudemos ler, ela foi feita em homenagem aos soldados que defenderam a cidade durante as batalhas.

Isso não é mencionado em nenhum guia da Europa que lemos, diz a lenda que você tem que passar a mão sob algumas figuras desta placa (o homem deitado, os escudos dos soldados, o cachorro, o ratinho e o lagarto) para ter sorte. Só soubemos desta crença, porque o Shigue já conhecia (na época em que voava na Vasp, ele sempre me falava disso quando vinha para Bruges!).

O engraçado é que fica fácil de encontrar as figuras certas para por a mão, pois a placa, devido aos anos, já está bem escura e somente os elementos de sorte estão dourados (de tanta gente passando a mão todos os dias).   

No fim da tarde, partimos para Holanda, mais especificamente Amsterdã. De cara, já fomos para o hotel Formule 1 – Amsterdã, por ser o mais barato que eu encontrei na minha pesquisa (51 euros). Aqui, a diária desses hotéis está saindo mais em conta que os albergues.

Ainda não exploramos a cidade, mas já conseguimos achar uma lavanderia para dar um jeito na roupa suja. O Shigue aproveitou para lavar a camiseta que estava usando e como só estávamos nós por lá, eu também já aproveitei e lavei a calça, meias e blusa, fiquei de casacão esperando tudo secar... Foi engraçado!!!

Missão cumprida, voltamos ao hotel para tomar um banho bem quentinho e dormir...

Vaarwel!!! (Tchau em holandês)


Foto: Flavia Okada Kimura "O Sangue Sagrado"




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