Criamos este Blog com o intuito de compartilhar nossas aventuras e descobertas com os amigos. A idéia é narrarmos a nossa viagem de 2 meses pela Europa e através das palavras e imagens, os levarmos conosco.
Por isso, sintam-se a vontade para dar sugestões, dicas, embarcar nesta viagem e torná-la inesquecível.
A partir deste momento, apertem os cintos, coloquem sua poltrona na vertical e tenham uma boa viagem !!! (Para ver as fotos, acessem nosso album atraves do link no rodape desta pagina!!!)
Seguimos nossa saga à
bela Cote d`Azur, mas antes conhecemos a última cidade italiana do nosso
roteiro.
Pela manhã, saímos do hostel camping de Veneza a caminho de Gênova, mas no caminho encontramos
mais dois outlets (Franciacotta e Fidenza Village), que tinham preços bastante convidativos. Agora
sim, aprendemos a comprar “garimpando” preços baixos.
Dormimos no meio do caminho no hotel Peugeot e
chegamos ao nosso destino pela manhã. Vimos alguns navios de cruzeiro no porto,
mas nada perto do esperado, imaginávamos encontrar uma frota, como nos
catálogos das agencias de turismo.
Contentamo-nos em ver os lindos barcos e iates
parados ali. Também vimos alguns passageiros do cruzeiro e, nos lembramos que
em breve (inicio de dezembro) nós estaremos entre eles, pois embarcaremos num
cruzeiro em Lisboa para voltar ao Brasil. Por ser ponto de parada de navios,
Gênova possui muitas lojas de souvenir e alguns “aproveitadores”, como o
espertinho do estacionamento onde deixamos o carro.
O sujeito roubou 15 minutos do nosso horário de
entrada e ainda cobrava um absurdo por hora. Ao reclamarmos, ele achou ruim e
resmungou em italiano...
Que abusado!!!
Sinceramente, o passeio por esta cidade não foi
dos melhores, pois o lugar não é tão bonito. Há muita “muvuca” e comércio nessa
região, até lembra o centrão de São Paulo. Talvez, por isso não vimos muita
graça perto do porto.
Depois de andarmos pelas ruas e tomarmos um gelato, retomamos nossa viagem a Nice,
seguimos pela estrada que beira o mar, para curtir a beleza da Cote D`Azur... Desfrutamos
de uma linda paisagem!!!
Cenário de filmes e
passeio preferido dos casais, os românticos canais venezianos nos convidam a
descobri-los.
Acordamos cedo, deixamos o carro no hostel e seguimos de ônibus para Veneza.
Assim como Amsterdã, os estacionamentos aos arredores da cidade são
extremamente caros, compensando a viagem de transporte público (que leva em
torno de 20 minutos).
Veneza é realmente única, a cidade por si só já
é uma atração... O clima é muito agradável, os canais são repletos de embarcações
(desde as famosas gôndolas, passando pelos barcos de pesca até os úteis vaporettos), há milhares de turistas por
toda a parte, as lojas são coloridas com máscaras e vidros de Murano, o entardecer é poético e toda
ponte é uma inspiração para uma bela fotografia.
Aqui, mapa não é orientação, pois se perder em
seus becos é uma ótima maneira de sempre encontrar um novo caminho... E foi
assim, que exploramos esse quebra-cabeça.
Pela manhã, passeamos pelo colorido mercadão
(parecido com o Mercado Municipal de Sampa, porém situado a beira de um canal).
Por ali, ficam desde os peixes e frutos do mar bem fresquinhos, até as
enfeitadas barracas que vendem máscaras venezianas.
Nossa meta também era se fartar da diversidade
dos deliciosos gelatos. Com tantos
sabores, um melhor que o outro, é inevitável provar menos que 2 por dia, mesmo
no outono!!! No fim da tarde, saboreamos o melhor de Veneza: o clima agradável
da Piazza San Marco e em delicioso gelato.
Terminamos o dia jantando num restaurante a
beira do canal da Ponte Rialto e
poderíamos até rir alto, se não
tivéssemos caído no cardápio “pega turista” que, aliás, tem aos montes na
Itália. Trata-se de um cardápio chamado menu
touristic, composto pelos 3 pratos (primi
prati, secondi prati, desert) e bebida, porém não é saboroso tão pouco
farto, na verdade vem uma merreca.
O garçom também não ajudou muito, pois para nos
“fisgar” ofereceu esse cardápio nos isentando da taxa (normalmente cobrada na
Itália) e na hora do pagamento disse que não havia dito isso!!! Depois
descobrimos que o halal (apelido que
inventamos para turcos e árabes, marroquinos e afins), junto com a esposa (uma
chinesa), eram os donos do restaurante italiano... Que miscelânea, isso que é
globalização!!!
Falando nisso, o que mais encontramos espalhados
nas cidades européias foram turcos, árabes etc., que na maioria das vezes, tem
uma lanchonete de kebap (sanduíche
tipo churrascão grego), ou uma lojinha de souvenir.
É engraçado, pois toda cidade tem uma lanchonete dessas, a primeira que fomos
foi em Paris e se chamava Halal Kebap,
daí o apelido halal.
No dia seguinte, viajamos de vaporetto para Murano, uma das ilhas pertinho de Veneza. Até pensamos em passear
de gôndola pelos canais venezianos, mas como era muito caro (80 euros por 1
hora), nos contentamos em pegar um passe de vaporetto
válido para o dia inteiro (16 euros por pessoa) e de quebra poder passear em
outra ilha.
Famosa pelo artesanato e esculturas em vidro, Murano é pequena e encantadora, mas não
muito diferente da vizinha Veneza. Aproveitamos à tarde, para fazer um pic-nic a
margem do canal principal com as gaivotas... Foi engraçado, viramos atração
turística!!! Pois alimentamos as gaivotas com pão e elas vieram aos montes,
atraindo também os turistas para fotografá-las. (ora, pois! Tinha até um “portuga”
nos filmando... rsrsrs...).
Caminhamos pelos canais e nos impressionamos
com a delicadeza das esculturas de Murano,
realmente eles são mestres nesse trabalho e extremamente detalhistas. Ao cair
da tarde, voltamos de vaporetto e
pudemos admirar o sol se pondo durante a travessia.
Para variar, depois de jantarmos no Brek (um restaurante
bom e barato de Veneza, não caímos mais no “pega turista”) tomamos um delicioso
gelato antes de voltar para o hostel.
Foto: Fla e Shigue – “Fim
de tarde entre as gôndolas”
Antes de chegar à
cidade, finalmente encontramos o verdadeiro Outlet.
Saímos pela manhã de Florença a caminho de
Veneza, mas antes passamos em mais um Outlet.
A prioridade era fazermos uma parada, pois o Shigue não estava muito bem, na
noite anterior ele tomou uma “cerveja da casa” na pizzaria, que não caiu
legal...
Depois da melhora, passeamos pelo tal Outlet, só para olhar mesmo, já que nos
outros os preços eram exorbitantes... Porém, depois de muito garimpamos, encontramos
algumas coisas boas!!! No final das
contas valeu à pena procurar pelo Outlet
certo, até agora só tínhamos visto bons preços na Alemanha e no Outlet de Salzburg.
Seguimos viagem para Veneza, onde chegamos
somente a noite. Fomos direto para o “Hostel
Plus”, albergue da mesma rede de Florença. Mas não com tantas regalias,
tratava-se de um camping, ficamos em um dos chalés... O lugar é bem agradável,
no verão funciona como um clube, tem até piscina e lavanderia!!!
Como já era noite, fomos andar rapidamente nos
canais de Veneza, deixamos o carro em um estacionamento, pois na cidade não é
permitido (nem possível!) a circulação de veículos. Depois de nos perdermos um
pouco pelos becos, voltamos para o nosso chalé. Amanhã Veneza nos espera!!!
Ciao!!! (que aqui, serve tanto para oi
quanto tchau!)
Aproveitamos o dia
curtindo as obras renascentistas e os famosos gelatos nas ruas de
Florença.
Na noite anterior tínhamos jantado em uma
pizzaria e esquecido nosso guarda chuva, daí pela manhã saímos para buscá-lo e
o encontramos. O mais engraçado dessas situações é falar com o povo, citando Zizo Asnis (no Guia criativo para o viajante independente na Europa - ótimo guia!!!, que nossa amiga Celia
emprestou) nos arriscamos a falar um “portunhoitaliano, uma macarrônica mistura de
português com palavras em espanhol e um sotaque italiano.” O bom é que
ainda assim, eles nos entenderam.
Para explorar bem a cidade, tínhamos copiado,
em nosso mapa, um roteiro disponível no mural do hostel. Nele havia a
orientação para se conhecer Florença em apenas 1 dia, passando pelos pontos
mais interessantes, e lá fomos nós.
Começamos nosso passeio pela Catedral de Santa Maria Del Fiore, que
surpreende pela riqueza de detalhes em sua fachada, são centenas de esculturas
para compô-la, porém seu interior deixa um pouco a desejar. Apesar de imenso, é
vazio e há apenas um altar, no qual não se pode chegar perto. Tiramos algumas
fotos e seguimos o dia andando pelas ruas de Florença.
No percurso encontramos outras igrejinhas bem
menores e mais simples por fora, mas impressionantes por dentro, como muitas na
Europa.
Essa cidade é realmente o berço do
“Renascimento”, prova disso, são as diversas esculturas espalhadas pelas ruas.
A minuciosidade em esculpir, dos grandes artistas como Michelangelo, é simplesmente perfeita. Ele até dizia que ele não
fazia esculturas humanas, mas sim libertava as estátuas que estavam presas no
mármore... Modesto!!!
As grandes atrações da cidade são: a Venus de Botticelli, que fica na galeria
Uffizi e o Davi de Michelangelo, também preso na galeria da Academia. Contentamos-nos em ver a réplica
do Davi que fica na rua mesmo, pois não tivemos coragem de pagar por 10 euros
para ver cada um deles, ou seja, no total 40 euros (eu e o Shigue)!!!
Ah! Já tínhamos visto bastante esculturas e
obras, inclusive as do Renascimento italiano no Museu do Louvre em Paris e
pagamos muito menos para ver muito mais tesouros arqueológicos (8 euros)!!!
Na Itália dá para se sentir em casa, o povo é muito
parecido com o brasileiro, mas nós esperávamos mais... O problema é que começamos
nosso roteiro por países onde o povo é extremamente educado e organizado e na
Itália, infelizmente, não dá para se exigir muito disso. Nas ruas também vimos
muitos prédios velhos (precisando de reforma mesmo!) e varais de roupas para
fora das janelas.
Detalhes a parte, aproveitamos o melhor da
cultura italiana, que são os gelatos (sorvetes),
a fartura na mesa (no cardápio tradicional há a entrada, o primi prati, secondi prati,
a insalata e a desert) e as massas, mas não as pizzas... As melhores, sem dúvida
são feitas em São Paulo!!!
As pizzas italianas são carentes de massa e
recheio, já nos gelatos eles são
mestres... Não existe nada melhor no mundo em matéria de sorvete. Ainda falta
muito para Sttupendo (sorveteria em Moema)
chegar a essa perfeição. Outro fato engraçado foi encontrarmos um atendente “chinesinho” falando italiano na sorveteria...
Imagine o Jackie Chan com sotaque do
“poderoso chefão” oferecendo um “gelato picolo”!!! Seguramos o riso...
(rsrsrs...).
À tarde fomos até a Ponte Vecchia, que é velha mesmo e vista pela lateral é cheia de
casinhas... nos lembraram palafitas de Manaus. Aos arredores dela encontramos
vendedores ambulantes, muitos deles são brazucas.
Chegamos até a conversar com um que nos contou as vantagens de se viver na
Itália... Como camelo?! Ah, tá!!!
À noite, aproveitamos o que o hostel tinha de
melhor a nos oferecer e relaxamos na sauna e piscina. Que, aliás, era aquecida,
com hidromassagem e cromoterapia (a piscina tinha iluminação que mudava de
cor). Descanso merecido, depois de noites no “hotel Peugeot” e na simplicidade
do Formule 1...
Antes de terminar o dia, cortei o cabelo do
Shigue (já estava precisando)... Apesar de alguns fiozinhos rebeldes, ufa... deu
certo!!!
Até mais...
Foto: Fla e Shigue - “Fim
de tarde na Ponte Vecchia”
Deixamos o frio dos
Alpes de lado para chegar à confusa e escandalosa Itália.
Pernoitamos no carro em Chur, uma cidadezinha
na entrada do vale para os Alpes, onde o frio ainda não era congelante, mas
estava bem próximo disso. Pela manhã, fomos a uma simpática cafeteria local e
tomamos um chocolate quente servido com uma espuma de leite delicadamente desenhada
em formato de coração (caprichos suíços).
Seguimos viagem pelo vale dos Alpes e apesar da
paisagem ser totalmente branca e fria, é muito bonita. Bem diferente do que
estamos acostumados a ver... repleta de montanhas cobertas por neve. No caminho
pesquisamos o preço de algumas pousadas e também de estações de esqui, mas
infelizmente, o custo de vida alpino é muito caro. Isso nos obrigou a mudar
nossos planos de roteiro. Além do alto custo, a maior atração dessa região são
as estações, que ainda estavam fechadas (restando apenas as Glaciais, muito
mais caras!).
Nosso roteiro planejado era percorrer os Alpes
por 3 dias, seguindo para Lausanne e Genebra. Como não seria interessante
ficar mais tempo nos Alpes, cortamos esse trajeto e ganhamos esses 3 dias para
curtir em outros lugares.
Antes de sairmos do friozinho, jantamos em uma
espécie de cantina, que mais parecia a “casa da sogra”, (rsrsrs), não pela
bagunça, mas pela galera. Quando entramos no restaurante, nos deparamos com um
monte de gente sentada conversando e rindo, tudo bem em família. Desconfiamos
que todos eles eram parentes, inclusive da dona do restaurante... Foi engraçado,
pois quando saímos todos se despediram de nós com “Tchau”... A noite viajamos
para Itália!!!
Dormimos no “hotel Peugeot” no trajeto para Firenze (Florença) e em nossa parada
para o café da manhã no posto, achamos os primeiros vestígios que estávamos na
Itália... Encontramos uma barulhenta caravana
da terceira idade, que lotou a cafeteria. Não tinha como negar que eles eram italianos,
devido ao jeitão nada discreto de falar e gesticular. Até nos sentimos em uma
festa da “Achiropitta”.
O mais engraçado, foi a invasão das nonas italianas ao banheiro masculino, o
Shigue estava lá e se assustou quando, de repente, entrou um bando de tiazinhas
para usar o banheiro, pois o feminino estava com fila... Sem cerimônia, a
senhora entrou e já foi logo dizendo em alto e bom som: “Viste uno, viste tutti”, para os homens presentes... Daí não nos
restava dúvidas que realmente chegamos à Itália!!!
No caminho passamos brevemente por um Outlet perto de Genova, que só tinha grandes grifes (Chanel, Gucci, Empório Armani
etc.), já deu para imaginar como tudo era grandiosamente caro também!!!
Chegamos a Florença, no final da tarde e fomos
procurar um lugar para ficar. Ao contrário dos outros países da Europa, na
Itália os motoristas buzinam e não respeitam muito as sinalizações, como já
tínhamos nos desacostumado com esse jeitinho latino de ser, acabamos nos
irritando um pouco. Para piorar de vez, a Lady
Gaga (GPS) resolveu entrar em pane e as placas de indicação italianas não
ajudam nada...
Daí o motorista da vez (Shigue) se irritou
mesmo, mas com razão, as placas mais complicam do que orientam. As indicações
são sinalizadas bem em cima do ponto onde tínhamos que fazê-las. Além disso,
junto às tais placas há varias outras de publicidade, resultando em uma enorme poluição
visual.
Com a paciência esgotada, finalmente chegamos
ao hotel Íbis, que segundo o outdoor
que vimos, oferecia diárias por 49 euros, mas era pura enganação. O
recepcionista nos disse que esse preço era válido somente para reservas feitas
com 20 dias de antecedência, pela Internet. Ou seja, tínhamos atravessado a
cidade seguindo placas esdrúxulas para chegar a uma tremenda propaganda
enganosa!!!
Seguimos novamente as placas desorientadoras
para chegar ao centro de Florença e tentar achar um hotel. Após conseguirmos,
eis que surge o “Oásis no deserto”, encontramos o Plus hostel, um albergue bem legal. Tinha piscina, sauna seca e
úmida, e quartos individuais, igual a um hotel mesmo e o que é melhor a preço
de hostel (54 euros – quarto para casal).
E fizemos tudo sem a ajuda da Lady Gaga, que para confirmar a “lei de
Murphy” voltou a funcionar depois!!!
Felizes!!! somos casados novinhos, pois passamos um pouco de recém-casados (em breve completaremos 2 anos), mas nossa bagagem é de 13 anos se amando, compartilhando grandes momentos e muitas alegrias!!!
Jornalista e administrador, cúmplices na vida, amadores na cozinha, viajantes experientes, prontos para qualquer parada, aspirantes a fotógrafos, sonhadores... mas dedicados aos nossos projetos, otimistas, bem humorados e de bem com a vida, loucos um pelo outro, apaixonados por praia (em especial Los Roques, nosso paraíso!!!) e super privilegiados por termos muitos bons amigos!!!
Enfim, um casal apaixonado que, como bons vinhos, só melhora com o passar do tempo!!!