sábado, 14 de novembro de 2009

A breve parada em Gênova



Seguimos nossa saga à bela Cote d`Azur, mas antes conhecemos a última cidade italiana do nosso roteiro.

Pela manhã, saímos do hostel camping de Veneza a caminho de Gênova, mas no caminho encontramos mais dois outlets (Franciacotta e Fidenza Village), que tinham preços bastante convidativos. Agora sim, aprendemos a comprar “garimpando” preços baixos.

Dormimos no meio do caminho no hotel Peugeot e chegamos ao nosso destino pela manhã. Vimos alguns navios de cruzeiro no porto, mas nada perto do esperado, imaginávamos encontrar uma frota, como nos catálogos das agencias de turismo.

Contentamo-nos em ver os lindos barcos e iates parados ali. Também vimos alguns passageiros do cruzeiro e, nos lembramos que em breve (inicio de dezembro) nós estaremos entre eles, pois embarcaremos num cruzeiro em Lisboa para voltar ao Brasil. Por ser ponto de parada de navios, Gênova possui muitas lojas de souvenir e alguns “aproveitadores”, como o espertinho do estacionamento onde deixamos o carro.

O sujeito roubou 15 minutos do nosso horário de entrada e ainda cobrava um absurdo por hora. Ao reclamarmos, ele achou ruim e resmungou em italiano... Que abusado!!!

Sinceramente, o passeio por esta cidade não foi dos melhores, pois o lugar não é tão bonito. Há muita “muvuca” e comércio nessa região, até lembra o centrão de São Paulo. Talvez, por isso não vimos muita graça perto do porto.

Depois de andarmos pelas ruas e tomarmos um gelato, retomamos nossa viagem a Nice, seguimos pela estrada que beira o mar, para curtir a beleza da Cote D`Azur... Desfrutamos de uma linda paisagem!!!


Foto: Fla e Shigue – “A parte bonita de Gênova”
 





quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A encantadora Veneza



Cenário de filmes e passeio preferido dos casais, os românticos canais venezianos nos convidam a descobri-los.

Acordamos cedo, deixamos o carro no hostel e seguimos de ônibus para Veneza. Assim como Amsterdã, os estacionamentos aos arredores da cidade são extremamente caros, compensando a viagem de transporte público (que leva em torno de 20 minutos).

Veneza é realmente única, a cidade por si só já é uma atração... O clima é muito agradável, os canais são repletos de embarcações (desde as famosas gôndolas, passando pelos barcos de pesca até os úteis vaporettos), há milhares de turistas por toda a parte, as lojas são coloridas com máscaras e vidros de Murano, o entardecer é poético e toda ponte é uma inspiração para uma bela fotografia.

Aqui, mapa não é orientação, pois se perder em seus becos é uma ótima maneira de sempre encontrar um novo caminho... E foi assim, que exploramos esse quebra-cabeça.   

Pela manhã, passeamos pelo colorido mercadão (parecido com o Mercado Municipal de Sampa, porém situado a beira de um canal). Por ali, ficam desde os peixes e frutos do mar bem fresquinhos, até as enfeitadas barracas que vendem máscaras venezianas.

Nossa meta também era se fartar da diversidade dos deliciosos gelatos. Com tantos sabores, um melhor que o outro, é inevitável provar menos que 2 por dia, mesmo no outono!!! No fim da tarde, saboreamos o melhor de Veneza: o clima agradável da Piazza San Marco e em delicioso gelato.

Terminamos o dia jantando num restaurante a beira do canal da Ponte Rialto e poderíamos até rir alto, se não tivéssemos caído no cardápio “pega turista” que, aliás, tem aos montes na Itália. Trata-se de um cardápio chamado menu touristic, composto pelos 3 pratos (primi prati, secondi prati, desert) e bebida, porém não é saboroso tão pouco farto, na verdade vem uma merreca.

O garçom também não ajudou muito, pois para nos “fisgar” ofereceu esse cardápio nos isentando da taxa (normalmente cobrada na Itália) e na hora do pagamento disse que não havia dito isso!!! Depois descobrimos que o halal (apelido que inventamos para turcos e árabes, marroquinos e afins), junto com a esposa (uma chinesa), eram os donos do restaurante italiano... Que miscelânea, isso que é globalização!!!

Falando nisso, o que mais encontramos espalhados nas cidades européias foram turcos, árabes etc., que na maioria das vezes, tem uma lanchonete de kebap (sanduíche tipo churrascão grego), ou uma lojinha de souvenir. É engraçado, pois toda cidade tem uma lanchonete dessas, a primeira que fomos foi em Paris e se chamava Halal Kebap, daí o apelido halal.

No dia seguinte, viajamos de vaporetto para Murano, uma das ilhas pertinho de Veneza. Até pensamos em passear de gôndola pelos canais venezianos, mas como era muito caro (80 euros por 1 hora), nos contentamos em pegar um passe de vaporetto válido para o dia inteiro (16 euros por pessoa) e de quebra poder passear em outra ilha.

Famosa pelo artesanato e esculturas em vidro, Murano é pequena e encantadora, mas não muito diferente da vizinha Veneza. Aproveitamos à tarde, para fazer um pic-nic a margem do canal principal com as gaivotas... Foi engraçado, viramos atração turística!!! Pois alimentamos as gaivotas com pão e elas vieram aos montes, atraindo também os turistas para fotografá-las. (ora, pois! Tinha até um “portuga” nos filmando... rsrsrs...).

Caminhamos pelos canais e nos impressionamos com a delicadeza das esculturas de Murano, realmente eles são mestres nesse trabalho e extremamente detalhistas. Ao cair da tarde, voltamos de vaporetto e pudemos admirar o sol se pondo durante a travessia. 

Para variar, depois de jantarmos no Brek (um restaurante bom e barato de Veneza, não caímos mais no “pega turista”) tomamos um delicioso gelato antes de voltar para o hostel


Foto: Fla e Shigue – “Fim de tarde entre as gôndolas”
 




terça-feira, 10 de novembro de 2009

A caminho de Veneza



Antes de chegar à cidade, finalmente encontramos o verdadeiro Outlet.

Saímos pela manhã de Florença a caminho de Veneza, mas antes passamos em mais um Outlet. A prioridade era fazermos uma parada, pois o Shigue não estava muito bem, na noite anterior ele tomou uma “cerveja da casa” na pizzaria, que não caiu legal...

Depois da melhora, passeamos pelo tal Outlet, só para olhar mesmo, já que nos outros os preços eram exorbitantes... Porém, depois de muito garimpamos, encontramos algumas coisas boas!!!  No final das contas valeu à pena procurar pelo Outlet certo, até agora só tínhamos visto bons preços na Alemanha e no Outlet de Salzburg.

Seguimos viagem para Veneza, onde chegamos somente a noite. Fomos direto para o “Hostel Plus”, albergue da mesma rede de Florença. Mas não com tantas regalias, tratava-se de um camping, ficamos em um dos chalés... O lugar é bem agradável, no verão funciona como um clube, tem até piscina e lavanderia!!!

Como já era noite, fomos andar rapidamente nos canais de Veneza, deixamos o carro em um estacionamento, pois na cidade não é permitido (nem possível!) a circulação de veículos. Depois de nos perdermos um pouco pelos becos, voltamos para o nosso chalé. Amanhã Veneza nos espera!!!

Ciao!!! (que aqui, serve tanto para oi quanto tchau!)


Foto: Fla e Shigue – “Ponte Rialto”






segunda-feira, 9 de novembro de 2009

À moda italiana



Aproveitamos o dia curtindo as obras renascentistas e os famosos gelatos nas ruas de Florença. 

Na noite anterior tínhamos jantado em uma pizzaria e esquecido nosso guarda chuva, daí pela manhã saímos para buscá-lo e o encontramos. O mais engraçado dessas situações é falar com o povo, citando Zizo Asnis (no Guia criativo para o viajante independente na Europa  - ótimo guia!!!, que nossa amiga Celia emprestou) nos arriscamos a falar um  “portunhoitaliano, uma macarrônica mistura de português com palavras em espanhol e um sotaque italiano.” O bom é que ainda assim, eles nos entenderam.  

Para explorar bem a cidade, tínhamos copiado, em nosso mapa, um roteiro disponível no mural do hostel. Nele havia a orientação para se conhecer Florença em apenas 1 dia, passando pelos pontos mais interessantes, e lá fomos nós.

Começamos nosso passeio pela Catedral de Santa Maria Del Fiore, que surpreende pela riqueza de detalhes em sua fachada, são centenas de esculturas para compô-la, porém seu interior deixa um pouco a desejar. Apesar de imenso, é vazio e há apenas um altar, no qual não se pode chegar perto. Tiramos algumas fotos e seguimos o dia andando pelas ruas de Florença.

No percurso encontramos outras igrejinhas bem menores e mais simples por fora, mas impressionantes por dentro, como muitas na Europa.

Essa cidade é realmente o berço do “Renascimento”, prova disso, são as diversas esculturas espalhadas pelas ruas. A minuciosidade em esculpir, dos grandes artistas como Michelangelo, é simplesmente perfeita. Ele até dizia que ele não fazia esculturas humanas, mas sim libertava as estátuas que estavam presas no mármore... Modesto!!!

As grandes atrações da cidade são: a Venus de Botticelli, que fica na galeria Uffizi e o Davi de Michelangelo, também preso na galeria da Academia. Contentamos-nos em ver a réplica do Davi que fica na rua mesmo, pois não tivemos coragem de pagar por 10 euros para ver cada um deles, ou seja, no total 40 euros (eu e o Shigue)!!!

Ah! Já tínhamos visto bastante esculturas e obras, inclusive as do Renascimento italiano no Museu do Louvre em Paris e pagamos muito menos para ver muito mais tesouros arqueológicos (8 euros)!!!

Na Itália dá para se sentir em casa, o povo é muito parecido com o brasileiro, mas nós esperávamos mais... O problema é que começamos nosso roteiro por países onde o povo é extremamente educado e organizado e na Itália, infelizmente, não dá para se exigir muito disso. Nas ruas também vimos muitos prédios velhos (precisando de reforma mesmo!) e varais de roupas para fora das janelas.

Detalhes a parte, aproveitamos o melhor da cultura italiana, que são os gelatos (sorvetes), a fartura na mesa (no cardápio tradicional há a entrada, o primi prati, secondi prati, a insalata e a desert) e as massas, mas não as pizzas... As melhores, sem dúvida são feitas em São Paulo!!!

As pizzas italianas são carentes de massa e recheio, já nos gelatos eles são mestres... Não existe nada melhor no mundo em matéria de sorvete. Ainda falta muito para Sttupendo (sorveteria em Moema) chegar a essa perfeição. Outro fato engraçado foi encontrarmos um atendente “chinesinho” falando italiano na sorveteria... Imagine o Jackie Chan com sotaque do “poderoso chefão” oferecendo um “gelato picolo”!!! Seguramos o riso... (rsrsrs...).

À tarde fomos até a Ponte Vecchia, que é velha mesmo e vista pela lateral é cheia de casinhas... nos lembraram palafitas de Manaus. Aos arredores dela encontramos vendedores ambulantes, muitos deles são brazucas. Chegamos até a conversar com um que nos contou as vantagens de se viver na Itália... Como camelo?! Ah, tá!!!  

À noite, aproveitamos o que o hostel tinha de melhor a nos oferecer e relaxamos na sauna e piscina. Que, aliás, era aquecida, com hidromassagem e cromoterapia (a piscina tinha iluminação que mudava de cor). Descanso merecido, depois de noites no “hotel Peugeot” e na simplicidade do Formule 1...

Antes de terminar o dia, cortei o cabelo do Shigue (já estava precisando)... Apesar de alguns fiozinhos rebeldes, ufa... deu certo!!!

Até mais...


Foto: Fla e Shigue - “Fim de tarde na Ponte Vecchia”
 





domingo, 8 de novembro de 2009

Benvenuti!!!



Deixamos o frio dos Alpes de lado para chegar à confusa e escandalosa Itália.

Pernoitamos no carro em Chur, uma cidadezinha na entrada do vale para os Alpes, onde o frio ainda não era congelante, mas estava bem próximo disso. Pela manhã, fomos a uma simpática cafeteria local e tomamos um chocolate quente servido com uma espuma de leite delicadamente desenhada em formato de coração (caprichos suíços).    

Seguimos viagem pelo vale dos Alpes e apesar da paisagem ser totalmente branca e fria, é muito bonita. Bem diferente do que estamos acostumados a ver... repleta de montanhas cobertas por neve. No caminho pesquisamos o preço de algumas pousadas e também de estações de esqui, mas infelizmente, o custo de vida alpino é muito caro. Isso nos obrigou a mudar nossos planos de roteiro. Além do alto custo, a maior atração dessa região são as estações, que ainda estavam fechadas (restando apenas as Glaciais, muito mais caras!).

Nosso roteiro planejado era percorrer os Alpes por 3 dias, seguindo para Lausanne e Genebra. Como não seria interessante ficar mais tempo nos Alpes, cortamos esse trajeto e ganhamos esses 3 dias para curtir em outros lugares.

Antes de sairmos do friozinho, jantamos em uma espécie de cantina, que mais parecia a “casa da sogra”, (rsrsrs), não pela bagunça, mas pela galera. Quando entramos no restaurante, nos deparamos com um monte de gente sentada conversando e rindo, tudo bem em família. Desconfiamos que todos eles eram parentes, inclusive da dona do restaurante... Foi engraçado, pois quando saímos todos se despediram de nós com “Tchau”... A noite viajamos para Itália!!!

Dormimos no “hotel Peugeot” no trajeto para Firenze (Florença) e em nossa parada para o café da manhã no posto, achamos os primeiros vestígios que estávamos na Itália...  Encontramos uma barulhenta caravana da terceira idade, que lotou a cafeteria. Não tinha como negar que eles eram italianos, devido ao jeitão nada discreto de falar e gesticular. Até nos sentimos em uma festa da “Achiropitta”.

O mais engraçado, foi a invasão das nonas italianas ao banheiro masculino, o Shigue estava lá e se assustou quando, de repente, entrou um bando de tiazinhas para usar o banheiro, pois o feminino estava com fila... Sem cerimônia, a senhora entrou e já foi logo dizendo em alto e bom som: “Viste uno, viste tutti”, para os homens presentes... Daí não nos restava dúvidas que realmente chegamos à Itália!!!

No caminho passamos brevemente por um Outlet perto de Genova, que só tinha grandes grifes (Chanel, Gucci, Empório Armani etc.), já deu para imaginar como tudo era grandiosamente caro também!!!

Chegamos a Florença, no final da tarde e fomos procurar um lugar para ficar. Ao contrário dos outros países da Europa, na Itália os motoristas buzinam e não respeitam muito as sinalizações, como já tínhamos nos desacostumado com esse jeitinho latino de ser, acabamos nos irritando um pouco. Para piorar de vez, a Lady Gaga (GPS) resolveu entrar em pane e as placas de indicação italianas não ajudam nada...
Daí o motorista da vez (Shigue) se irritou mesmo, mas com razão, as placas mais complicam do que orientam. As indicações são sinalizadas bem em cima do ponto onde tínhamos que fazê-las. Além disso, junto às tais placas há varias outras de publicidade, resultando em uma enorme poluição visual.

Com a paciência esgotada, finalmente chegamos ao hotel Íbis, que segundo o outdoor que vimos, oferecia diárias por 49 euros, mas era pura enganação. O recepcionista nos disse que esse preço era válido somente para reservas feitas com 20 dias de antecedência, pela Internet. Ou seja, tínhamos atravessado a cidade seguindo placas esdrúxulas para chegar a uma tremenda propaganda enganosa!!!

Seguimos novamente as placas desorientadoras para chegar ao centro de Florença e tentar achar um hotel. Após conseguirmos, eis que surge o “Oásis no deserto”, encontramos o Plus hostel, um albergue bem legal. Tinha piscina, sauna seca e úmida, e quartos individuais, igual a um hotel mesmo e o que é melhor a preço de hostel (54 euros – quarto para casal).

E fizemos tudo sem a ajuda da Lady Gaga, que para confirmar a “lei de Murphy” voltou a funcionar depois!!!

Arrivederci!!!


Foto: Fla e Shigue – “Lindo, mas frrrriiooooo”