quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A encantadora Veneza



Cenário de filmes e passeio preferido dos casais, os românticos canais venezianos nos convidam a descobri-los.

Acordamos cedo, deixamos o carro no hostel e seguimos de ônibus para Veneza. Assim como Amsterdã, os estacionamentos aos arredores da cidade são extremamente caros, compensando a viagem de transporte público (que leva em torno de 20 minutos).

Veneza é realmente única, a cidade por si só já é uma atração... O clima é muito agradável, os canais são repletos de embarcações (desde as famosas gôndolas, passando pelos barcos de pesca até os úteis vaporettos), há milhares de turistas por toda a parte, as lojas são coloridas com máscaras e vidros de Murano, o entardecer é poético e toda ponte é uma inspiração para uma bela fotografia.

Aqui, mapa não é orientação, pois se perder em seus becos é uma ótima maneira de sempre encontrar um novo caminho... E foi assim, que exploramos esse quebra-cabeça.   

Pela manhã, passeamos pelo colorido mercadão (parecido com o Mercado Municipal de Sampa, porém situado a beira de um canal). Por ali, ficam desde os peixes e frutos do mar bem fresquinhos, até as enfeitadas barracas que vendem máscaras venezianas.

Nossa meta também era se fartar da diversidade dos deliciosos gelatos. Com tantos sabores, um melhor que o outro, é inevitável provar menos que 2 por dia, mesmo no outono!!! No fim da tarde, saboreamos o melhor de Veneza: o clima agradável da Piazza San Marco e em delicioso gelato.

Terminamos o dia jantando num restaurante a beira do canal da Ponte Rialto e poderíamos até rir alto, se não tivéssemos caído no cardápio “pega turista” que, aliás, tem aos montes na Itália. Trata-se de um cardápio chamado menu touristic, composto pelos 3 pratos (primi prati, secondi prati, desert) e bebida, porém não é saboroso tão pouco farto, na verdade vem uma merreca.

O garçom também não ajudou muito, pois para nos “fisgar” ofereceu esse cardápio nos isentando da taxa (normalmente cobrada na Itália) e na hora do pagamento disse que não havia dito isso!!! Depois descobrimos que o halal (apelido que inventamos para turcos e árabes, marroquinos e afins), junto com a esposa (uma chinesa), eram os donos do restaurante italiano... Que miscelânea, isso que é globalização!!!

Falando nisso, o que mais encontramos espalhados nas cidades européias foram turcos, árabes etc., que na maioria das vezes, tem uma lanchonete de kebap (sanduíche tipo churrascão grego), ou uma lojinha de souvenir. É engraçado, pois toda cidade tem uma lanchonete dessas, a primeira que fomos foi em Paris e se chamava Halal Kebap, daí o apelido halal.

No dia seguinte, viajamos de vaporetto para Murano, uma das ilhas pertinho de Veneza. Até pensamos em passear de gôndola pelos canais venezianos, mas como era muito caro (80 euros por 1 hora), nos contentamos em pegar um passe de vaporetto válido para o dia inteiro (16 euros por pessoa) e de quebra poder passear em outra ilha.

Famosa pelo artesanato e esculturas em vidro, Murano é pequena e encantadora, mas não muito diferente da vizinha Veneza. Aproveitamos à tarde, para fazer um pic-nic a margem do canal principal com as gaivotas... Foi engraçado, viramos atração turística!!! Pois alimentamos as gaivotas com pão e elas vieram aos montes, atraindo também os turistas para fotografá-las. (ora, pois! Tinha até um “portuga” nos filmando... rsrsrs...).

Caminhamos pelos canais e nos impressionamos com a delicadeza das esculturas de Murano, realmente eles são mestres nesse trabalho e extremamente detalhistas. Ao cair da tarde, voltamos de vaporetto e pudemos admirar o sol se pondo durante a travessia. 

Para variar, depois de jantarmos no Brek (um restaurante bom e barato de Veneza, não caímos mais no “pega turista”) tomamos um delicioso gelato antes de voltar para o hostel


Foto: Fla e Shigue – “Fim de tarde entre as gôndolas”
 




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