Cenário de filmes e
passeio preferido dos casais, os românticos canais venezianos nos convidam a
descobri-los.
Acordamos cedo, deixamos o carro no hostel e seguimos de ônibus para Veneza.
Assim como Amsterdã, os estacionamentos aos arredores da cidade são
extremamente caros, compensando a viagem de transporte público (que leva em
torno de 20 minutos).
Veneza é realmente única, a cidade por si só já
é uma atração... O clima é muito agradável, os canais são repletos de embarcações
(desde as famosas gôndolas, passando pelos barcos de pesca até os úteis vaporettos), há milhares de turistas por
toda a parte, as lojas são coloridas com máscaras e vidros de Murano, o entardecer é poético e toda
ponte é uma inspiração para uma bela fotografia.
Aqui, mapa não é orientação, pois se perder em
seus becos é uma ótima maneira de sempre encontrar um novo caminho... E foi
assim, que exploramos esse quebra-cabeça.
Pela manhã, passeamos pelo colorido mercadão
(parecido com o Mercado Municipal de Sampa, porém situado a beira de um canal).
Por ali, ficam desde os peixes e frutos do mar bem fresquinhos, até as
enfeitadas barracas que vendem máscaras venezianas.
Nossa meta também era se fartar da diversidade
dos deliciosos gelatos. Com tantos
sabores, um melhor que o outro, é inevitável provar menos que 2 por dia, mesmo
no outono!!! No fim da tarde, saboreamos o melhor de Veneza: o clima agradável
da Piazza San Marco e em delicioso gelato.
Terminamos o dia jantando num restaurante a
beira do canal da Ponte Rialto e
poderíamos até rir alto, se não
tivéssemos caído no cardápio “pega turista” que, aliás, tem aos montes na
Itália. Trata-se de um cardápio chamado menu
touristic, composto pelos 3 pratos (primi
prati, secondi prati, desert) e bebida, porém não é saboroso tão pouco
farto, na verdade vem uma merreca.
O garçom também não ajudou muito, pois para nos
“fisgar” ofereceu esse cardápio nos isentando da taxa (normalmente cobrada na
Itália) e na hora do pagamento disse que não havia dito isso!!! Depois
descobrimos que o halal (apelido que
inventamos para turcos e árabes, marroquinos e afins), junto com a esposa (uma
chinesa), eram os donos do restaurante italiano... Que miscelânea, isso que é
globalização!!!
Falando nisso, o que mais encontramos espalhados
nas cidades européias foram turcos, árabes etc., que na maioria das vezes, tem
uma lanchonete de kebap (sanduíche
tipo churrascão grego), ou uma lojinha de souvenir.
É engraçado, pois toda cidade tem uma lanchonete dessas, a primeira que fomos
foi em Paris e se chamava Halal Kebap,
daí o apelido halal.
No dia seguinte, viajamos de vaporetto para Murano, uma das ilhas pertinho de Veneza. Até pensamos em passear
de gôndola pelos canais venezianos, mas como era muito caro (80 euros por 1
hora), nos contentamos em pegar um passe de vaporetto
válido para o dia inteiro (16 euros por pessoa) e de quebra poder passear em
outra ilha.
Famosa pelo artesanato e esculturas em vidro, Murano é pequena e encantadora, mas não
muito diferente da vizinha Veneza. Aproveitamos à tarde, para fazer um pic-nic a
margem do canal principal com as gaivotas... Foi engraçado, viramos atração
turística!!! Pois alimentamos as gaivotas com pão e elas vieram aos montes,
atraindo também os turistas para fotografá-las. (ora, pois! Tinha até um “portuga”
nos filmando... rsrsrs...).
Caminhamos pelos canais e nos impressionamos
com a delicadeza das esculturas de Murano,
realmente eles são mestres nesse trabalho e extremamente detalhistas. Ao cair
da tarde, voltamos de vaporetto e
pudemos admirar o sol se pondo durante a travessia.
Para variar, depois de jantarmos no Brek (um restaurante
bom e barato de Veneza, não caímos mais no “pega turista”) tomamos um delicioso
gelato antes de voltar para o hostel.
Foto: Fla e Shigue – “Fim
de tarde entre as gôndolas”
Nenhum comentário:
Postar um comentário