sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Preciosidades austríacas!!!



Do majestoso castelo de Neuschwanstein aos brilhantes cristais Swarovski, os arredores de Innsbruck nos surpreenderam, assim como a multa na Suíça...   

Cogitamos de esquiar novamente, mas já estávamos cansados de ver tanta neve... O dia amanheceu ensolarado e nos animamos a fazer um passeio ao ar livre, então decidimos conhecer o Castelo de Neuschwanstein.

O castelo é magnífico por dentro e por fora, tanto que inspirou o Walt Disney a construir seu famoso castelo na Disneylândia. Foi feito em 1864 por ordem do rei da Bavária, Ludwig II, que devido a sua morte inexplicada (foi encontrado morto na beira de um lago junto com seu médico) não o viu concluído.

A esplendorosa construção fica numa colina, caminhamos uns 20 minutos para chegar até lá e o passeio pelo bosque apesar de íngreme é bem agradável. Visto de fora impressiona por ter aquela imagem de castelo de conto de fadas, mas internamente a riqueza de detalhes na decoração e pinturas nas paredes nos impressionaram muito mais. Pena que é proibido tirar fotos... Daí quem quiser ver por dentro, tem que conferir pessoalmente.

Foram as óperas do amigo Richard Wagner que inspiraram o rei a tal feito, pois ele se identificava com o personagem principal. E baseado nisso, vivia em seu mundo particular de fantasias. Diante de tantos detalhes, desde a construção do lustre em ouro e pedrarias até a cama real esculpida minuciosamente em jacarandá, o Shigue afirmou que esse tal rei era mesmo uma “bichona”... (rsrsrs...). Imagina um homem se inspirar em outro, para fazer um fantástico castelo!!! Realmente se fosse feito pensando em uma mulher seria mais plausível e nobre... (vai saber!?).

 Depois de ver tamanha suntuosidade, voltamos para a realidade, mais especificamente ao centro de Innsbruck. Tivemos que ir a C&A, para trocar as grandes meias que compramos no dia anterior e ficamos impressionados com a honestidade do povo. Sem cupom fiscal (esquecemos no B&B), nem sacola, conseguimos trocá-las pela numeração correta e ainda ganhamos um bônus, pois o preço havia sido reduzido. Eles poderiam apenas trocar o tamanho, que nós nem saberíamos que o preço caiu (da noite para o dia), mas agiram corretamente.

Na manhã do dia 6, saímos do B&B, com uma trouxinha de roupas a caminho da lavanderia. Enquanto a máquina as lavava demos uma volta pelo centro da cidade, antes de partirmos ao nosso próximo destino (Alpes Suíços).

Nosso último passeio em Innsbruck foi conhecer a fábrica Swarovski (dos cristais mundialmente conhecidos e imitados). Nós pensávamos que se tratava de uma excursão para ver a produção das tais preciosidades, mas não era nada disso.

A visita aberta ao publico era para uma galeria que fazia parte do complexo da fábrica. Uma coisa meio maluca, na entrada tinha um jardim em formato de um homenzinho que cuspia água (fonte) com olhos de cristal que mudavam de cor.

Lá dentro, na primeira parte da galeria, até encontramos lindas peças feitas com cristais Swarovski, mas depois entramos em umas salas meio malucas... Para se ter uma idéia, uma delas tinham manequins se movimentando e outra era um enorme domo em que podíamos entrar e admirar a mudança de cores e luzes refletindo nos cristais. Esse passeio é o típico “pega turista”, mas valeu pela lojinha, que vendia produtos Swarovski (jóias, artigos de decoração etc.) com preços bem abaixo do mercado.

Na continuação de nosso trajeto, rumo à Suíça, o Shigue me passou o volante (pra quê?!)... Fui seguindo as orientações da Lady Gaga (GPS), que me indicava o limite de 110 km/h, mas na verdade o limite da rodovia era de 80 km/h, daí não deu outra... O policial me parou e aplicou uma multa. O pagamento era imediato (sem choro!) e em cartão de credito... Ainda por cima, fomos obrigados a ouvir que brasileiros “são agressivos” no volante!!! Bem, não é mérito, mas pelo menos a carteira internacional de motorista serviu para alguma coisa (rsrsrs...).

Só para confirmar a “zica” comigo ao volante, prosseguimos viagem e eis que fomos parados pelo policial na fronteira de Liechtenstein (um país do tamanho de um bairro). Era checagem de rotina, mas até agora atravessamos tantas fronteiras (nove no total) e não havíamos sido parados em nenhuma, sequer vimos um policial nelas!!!  Tudo bem, não levei para o lado pessoal...

Tout bien!!!

Foto: Fla e Shigue – “O original Castelo da Disney” (foto da foto!!!)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

De volta à Europa Ocidental



Após uma breve passada em Salzburg e Berchtesgarden, chegamos à paisagem fria de Innsbruck.

Na manhã do dia 2, saímos do Íbis de Budapeste, até agora o hotel mais bacana que ficamos (com banheira!), tudo porque pegamos novamente a promoção de final de semana. Viajamos para Salzburg, onde chegamos somente no inicio da noite, fomos direto para o Etap (hotel da rede Accor e semelhante ao Formule 1), pois estávamos muito cansados do trajeto de carro.  

Na Áustria, assim como na Alemanha, o comércio fecha bem cedo (por volta das 19h). Então só deu tempo de dar uma olhada num Outlet ali por perto, mas fomos fortes e resistimos às tentações (das “compritchas”, o preço era bem em conta!).

Acordamos cedo e saímos a caminho de Berchtesgarden para visitar o Eagle`s Nest (Ninho da Águia), casa no topo da montanha que o “coisa ruim” do Hitler ganhou de presente ao completar 50 anos, mas nossa exploração foi sem sucesso. Devido a neve, as estradas estavam fechadas e não conseguimos chegar até ao tal ninho.

Portanto, só nos restava seguir viagem... Partimos para Innsbruck, onde chegamos á tarde e depois de muito “camelar”, finalmente encontramos um lugar para dormir (esquema B&B – Bed and Breakfest,). O lugar era muito freqüentado por backpackers (mochileiros), tanto que vimos um mapa mundi no qual cada viajante assinalava o nome em seu país de origem e já estava repleto de gente que passou por ali, inclusive brasileiros.

Era uma espécie de apartamento com três quartos, um deles era de casal (foi onde ficamos), os demais eram separados em feminino e masculino (tipo Hostel - albergue). Tranqüilo, tínhamos as chaves do nosso quarto e tudo (cisma típica de brasileiro).  Mas o estranho no começo, era escutar o barulho das pessoas nos outros cômodos da casa... Parecia que estávamos invadindo a casa alheia!!! O banheiro era limpinho, mas comunitário...

Em Innsbruck não encontramos nada por menos de 70 euros (muito fora do nosso budget de 40). Apesar da extrema simplicidade, foi um dos mais caros que já pagamos até agora, a única vantagem era o café da manhã incluso, servido na tradicional confeitaria “Munding” (existente desde 1830) que ficava embaixo do apartamento.   

Terminamos nosso primeiro dia na cidade, indo com um mochilão enorme para a lavanderia, afinal desde Amsterdã não fazíamos esse tipo de passeio.

No dia seguinte, nosso programa foi esquiar... E lá fomos nós, em busca do Stubaier Gletscher (uma das montanhas “Glaciais” perto de Innsbruck, onde neva o ano inteiro!). Na estrada que levava à montanha, já tivemos uma breve idéia do que nos esperava... A paisagem era “natalina”, repleta de pinheiros com neve e ruas completamente brancas.

Na estação de esqui pegamos um lift (teleférico) até o “céu”... É sério, o trajeto não tinha fim, só paramos de subir quando chegamos a 3.340m (praticamente no topo da montanha), daí desembarcamos prontos para nos “acabar” no snowboarding...

Dito e feito, nos “acabamos” mesmo, mas de tanto cair... Desinformados, pegamos o lift que levava para as pistas mais difíceis, não deu outra, foi uma seqüência de tombos. Ao contrário do que imaginávamos, quando a neve é muito fofa não é legal para iniciantes, a prancha atola em qualquer montinho de neve. Pra piorar a situação, começou a nevar forte e não enxergávamos nada além da nevoa branca.

Quando estivemos no Japão, já havíamos praticado snowboarding, mas as condições climáticas eram bem mais favoráveis... Um belo dia de sol e uma montanha de apenas 3 estágios, bem diferente da cadeia de montanhas dos Gletscher, repleta de estações e pistas, da nevasca e frio (uns 20 graus negativos) que enfrentamos desta vez.

O jeito foi brincar um pouco na neve e curtir o lindo visual das montanhas...

Até mais!
 
Foto: Fla e Shigue – “Nosso boneco de neve!!!”


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Shigue por Flávia



Resolvi dedicar breves linhas para descrever essa pessoa MARA que é meu maridão

É meio difícil ser imparcial ao falar de quem se ama, mas “tentarei” deixar de lado minha tamanha admiração e apego sentimental para mostrar um pouquinho o quanto ele é especial.

O tempo que estamos juntos (agora mais de 13 anos), só serviram para solidificar uma relação que desde o começo me inspira. Sagitariano nato e com a essência da nobreza escoteira, ama viagens, novidades e tudo que possa estimular sua sagacidade e inteligência. Ele é o grande articulador e cérebro de nosso casório, também é dele que surgem grandes idéias, como a desta viagem!!!

Por ter uma vibração contagiante, tem muitos bons amigos, dos quais compartilha comigo apenas as grandes e eternas amizades... (Obrigada amigos (as), pessoas tão queridas por nós dois!)

Apesar de eu escrever continuamente no Blog, ele é o estimulador e grande “Editor Chefe” (e chefe mesmo, exige para que eu tenha um bom texto... rsrsrs). As fotos também são nossa paixão em comum, eu fiz um curso de fotografia, ensinei para ele e juntos, modéstia à parte, tiramos umas fotos até que descentes... 

Para ele nada é impossível ou incerto e isso me fascina, por isso sou sua fã number 1 e companheira de vida. A inteligência também é um ponto extremamente forte nele, além da sinceridade “exarcebada” (que às vezes preciso controlar! rsrsrs). Talvez, sua intolerancia à burrice, teimosia e a exigência, o transpareça um pouco rígido, mas nada que supere suas milhares e grandes qualidades.

Também é muito dedicado e faz de tudo para me agradar... Bem, não posso descrever muitas outras coisas, pois isso só cabe a nós!!! Mas esses motivos citados acima foram alguns dos muitos que me fizeram dizer sim em Crasquí (uau!!! ilha de Los Roques, onde fui pedida em casamento) e no Grande Dia (12/01/08 – o casório!).

Esse é meu maravilhoso marido e (principalmente) companheiro de vida, que tanto amo!!!

Flavia Okada Kimura  

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A vista panorâmica de Budapeste



O frio nos pegou de jeito na Hungria, mesmo assim, conhecemos belas paisagens.

Passamos brevemente por Bratislava na Eslováquia, nem descemos do carro, pois nosso destino era mesmo Budapeste (na Hungria). Ao nos aproximarmos da cidade, encontramos um posto de gasolina e o hotel Peugeotzinho foi mais uma vez nossa parada.

Ao contrário das demais noites no carro, essa foi a mais fria (fazia 1 grau negativo, frio a bessa). Então, quando chegamos a Budapeste, encontramos um Íbis com preço reduzido (promoção bacana de final de semana!). Ai que maravilha!!!! Um quarto quentinho e com banheira... o melhor que ficamos até agora!!! O legal de dormir no carro é o valor imensurável que passamos a dar as coisas mais simples.

Conhecemos Budapeste em 2 dias (sábado e domingo), que é muito bonito, de quebra tem o rio Danúbio para compor o cenário. Porém percebemos que, de todas que visitamos até agora, essa cidade é a mais “largadinha”. As ruas e os monumentos são velhos, demonstrando sinais de falta de cuidado, também encontramos alguns mendigos e sujeira pelo caminho, mas ainda assim, nada que se assemelhe ao centrão de Sampa.

A impressão que tivemos é que depois de sair do bloco soviético, a Hungria foi esquecida no tempo e ainda está despertando para o turismo. Devido à invasão, percebemos que a maioria das construções tem forte influência turca. Além disso, restaram na cidade as termas (casas de banho turco) espalhadas por todos os cantos.  

O povo não é muito puxa saco de turista, são bem na “deles” e a língua, até agora, é a mais incompreensível que encontramos. O que precisávamos mesmo, era da ajuda do avô do nosso amigo Bean (Eduardo), pois ele é o único que conhecemos que diz falar “hungarês” (detalhe, só quando está “alto”) e poderia nos ajudar a “pechinchar” em Budapeste (rsrsrs).

Pois ao contrário do que imaginávamos, as coisas não são tão baratas em Budapeste, quando convertidas em moeda local (Florins) ficam bem salgadas.

Enfim, nos viramos bem, visitamos os principais pontos turísticos da cidade, aqueles que não se paga nada (rsrsrs), tais como: Citadella (uma praça com monumentos erguidos no topo de uma montanha) e a igreja dentro da gruta que fica na base dessa montanha; o Royal Palace (castelo de Budapeste) e seu lindo jardim; além das lindas pontes que cruzam o rio Danúbio.

Também fomos ao Fishermen`s Bastion (uma espécie de belvedere, antigo mercado de peixes), onde desfrutamos de um delicioso pic-nic (vulgo farofão) em plena pracinha. 

Todos esses pontos que visitamos ficam no topo das montanhas ao redor do rio, então a vista é magnífica, pode-se ver toda a cidade de Budapeste. Apesar do frio, que passamos foram passeios espetaculares e o que é melhor, sem gastar nada, já que tudo por aqui é meio caro!!!

A intenção de nossa viagem é nos misturarmos ao cotidiano das cidades e não fazermos os tradicionais “sightseeing tours”, afinal, serão 2 meses (caros!) explorando o Velho Continente.

Até breve...

Foto: “Noite à beira do Danúbio” (não é montagem... É bonito mesmo!!!)