quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A tão esperada travessia pelo estreito de Gibraltar



Após a viagem de duas horas e meia a bordo de um velho navio, atracamos em Marrocos. 

Chegamos por volta das 14h em Tanger (Marrocos), a travessia durou aproximadamente 3h, sem contar o atraso na partida (dizem que o atraso é normal por aqui). O navio é pequeno, se comparado aos de cruzeiros, e segue viagem lotado de marroquinos (turcos,  árabes e afins) com seus carros repletos de tranqueiras.

O engraçado foi vê-los espalhados pelo salão principal do navio. Todos literalmente largados, deitados no carpete do velho restaurante, dormindo durante a travessia. Para complicar, as janelas desse lugar são lacradas, impedindo a circulação do ar. Apesar da brisa fria lá fora, dentro do navio estava um “bafão”, parecendo uma sauna... Diante do precário cenário, resolvemos ficar na parte externa (mesmo com frio).

Neste navio tinha até uma mesquita, com um desenho onde indicava a direção de Meca em relação à posição de navegação, pois, dependendo do trajeto, os marroquinos poderiam rezar virados para o lado certo.

Durante a viagem aproveitamos para tirar um cochilo, mas fomos acordados ao entrarmos em águas marroquinas. Do alto falante do navio ouvimos uma reza muçulmana, que parecia uma canção... A tal reza, que durou por volta de 3 minutos, nos fez entrar no clima marroquino!!!

No desembarque em Tanger fomos barrados na imigração, pois ainda no navio, durante o percurso de travessia, deveríamos ter carimbado nossos passaportes com o agente que estava a bordo. E, como viajávamos na parte externa, não nos atentamos a esse “pequeno” detalhe!!! Tivemos que aguardar um tempo, dentro do navio, até que conseguíssemos os tais vistos.

Ao pisarmos no porto de Tanger, fomos insistentemente abordados pelos marroquinos. Eram nativos vindos de todos os lados oferecendo táxi, hospedagem, restaurante e até haxixe... Só faltava vender a “mãe”!!!  Eles não podem ver uma isca fácil (turistas de mochilão, como nós) que logo já colam e não desgrudam mais.

Queríamos pegar um taxi que nos levasse até o Íbis Moussafir, que fica há uns 14 km da cidade. Por precaução, perguntamos a um oficial que passava pelo porto, sobre a segurança em entrar naquelas Mercedes velhas (todos os táxis são modelo Mercedes, mas estão caindo aos pedaços!). Ele nos orientou a pegar somente táxis que tivessem a placa com o número do veículo (uma espécie de registro), pois com essa informação, não haveria problemas.

Então, ainda no porto, fomos ao ponto de táxi, mas o que encontramos foi um “charlatão” querendo nos dar o golpe. Primeiro negociamos o preço da corrida e, na hora de entrar no carro, ele queria nos colocar em um veículo comum, sem a placa de registro. Ah... malandroooo!!! Saímos fora e ele continuou gritando desesperadamente que não tinha problemas em fazer a corrida naquele carro.

Ao ver a cena, o colega dele se aproveitou da situação e veio correndo nos oferecer seus serviços, dizendo que ele tinha a tal placa em seu carro!!! Mas depois dessa, não queríamos nenhum deles nos levando ao hotel.

Fomos procurar outro ponto de táxi fora do porto, porém o sujeito continuou a nos seguir por uns 15 minutos, gritando desesperadamente de dentro do carro. Em alguns momentos ele até descia do carro tentando nos convencer. Nossa! Parecia até que éramos os únicos passageiros do mundo... Olha o que eles fazem por dinheiro!!!
      
Para se ter uma idéia, enquanto caminhávamos pela rua, vimos um deles pendurado na janela de um predinho, gritando para nos oferecer táxi e hospedagem... Desacreditamos!!! Depois de despistarmos tantos marroquinos insistentes, finalmente encontramos um ponto de táxi (quase) descente e conseguimos chegar ao Íbis... ufa!!!


Foto: Fla e Shigue – “Coca-cola?!”
 




terça-feira, 24 de novembro de 2009

Madrid e Segóvia...



A primeira não nos surpreendeu já a segunda nos levou a grandes descobertas!!!

Pernoitamos no “hotel Peugeot”, 2 estrelas, mas praticidade (ganhamos tempo dormindo no caminho), exclusividade e economia total!!! (rsrsrs...). De manhã chegamos a Toledo, uma linda cidade medieval, famosa pela fabricação de espadas e facas. Passeamos o dia todo, subindo e descendo as estreitas ruas que mal passam carros.

Como era domingo, a cidade estava cheia de turistas, mas conseguimos visitar a grande e belíssima Catedral, uma das principais atrações de Toledo. Infelizmente, lá não pudemos fotografar, é proibido!!! Fazer o quê?! Certas coisas só podem ser “fotografadas” em nossa memória...

À noite, finalmente chegamos a mais um Formule 1 (em Madrid), vamos acabar sócios da rede!!! (rsrsrs...).

Na manhã seguinte, visitamos Madrid, deixamos o carro no Formule 1 e fomos de trem. Achamos essa cidade com muita cara de metrópole, tem o famoso Museu do Prado e o grandioso Palacio Real de Madrid,  mas ainda assim, não encontramos nada que tenha nos encantado como Barcelona.

Talvez por estarmos um pouco cansados e a cidade se parecer com Sampa, não curtimos tanto quanto as demais. Andamos pelos principais pontos, ruas e também pelo Jardim Botânico Real.

À noite, ao voltarmos ao hotel, tivemos uma surpresa... Ganhamos upgrade para o Íbis (que ficava no mesmo pátio, ao lado do Formule 1)!!! Tudo graças à instalação (mal sucedida) da nova caldeira, que não esquentava a água do chuveiro... Que sorte!!!

Tiramos manhã do dia 23 para descansarmos e arrumamos as malas, afinal tínhamos que preparar o carro para a próxima viagem (Algeciras!!!)... Tivemos que encaixar tudo no porta malas, de forma que não ficasse nenhuma mala a mostra (no banco de trás), pois atravessaríamos o estreito de Gibraltar e deixaremos o carro em algum estacionamento sozinho por 2 dias. E com TODOS os nossos pertences (antigos e novos)!!!

Após solucionarmos o ”quebra cabeça” e antes de sair de Madrid, demos uma breve passada na Ventas das Touradas, arena que até hoje (entre Maio e Outubro) são realizadas as touradas. O lugar é bonito, mas cruel se pensarmos no pobre touro...

À tarde viajamos para Segóvia, e fizemos um pic-nic no topo do famoso Aqueduto romano, gigantesco (com 29 metros de altura) e bem conservado (datado do século 1 d.C.)... Paisagem única e linda!!!

Enquanto comíamos, encontramos um sujeito que parecia meio maluco e fazia artesanato em moedas. Admiramos o trabalho dele, em talhar moedas, daí ele aproveitou para puxar conversa conosco, perguntando de onde nós éramos etc... Mas depois ele acabou se aprofundando e contando um pouco da historia dele...

Ele nos disse o quanto hoje é feliz e livre fazendo o que gosta, pois ele já trabalhou muito na Alemanha, onde são bem rígidos em todos os sentidos (tempo, qualidade de trabalho etc.) e com isso descobriu que seu valor é bem maior que qualquer dinheiro possa pagar. Por isso, agora ele só trabalha para si próprio... Foi muito legal, ouvir a historia dele!!! São fatos assim que nos enriquecem internamente...

Ainda em Segóvia, visitamos rapidamente a última catedral gótica construída na Europa e o Álcazar, um lindo castelo, como o de Neuschwanstein. Fomos breves, pois a estrada era longa e para piorar, havíamos sido multados, por estacionar em local proibido. Aqui não tem moleza... 75 euros na hora, o problema foi que procuramos antes e não encontramos nenhuma placa que nos proibisse!!!  

Pegamos estrada a caminho de Algeciras e viajamos durante toda a noite. Chegamos para atravessar para o Tanger (Marrocos) pela manhã. Deixamos o carro num estacionamento em Algeciras perto do porto, esperamos que fique tudo bem... Agora, já estamos no ferry prontos para a travessia!!!


Foto: Fla e Shigue – “Nossa grande angular... Vista panorâmica do Aqueduto”
 



sábado, 21 de novembro de 2009

A excêntrica e louca Barcelona



Exploramos a “capital da catalã” através de seu cotidiano e famosas obras.  

Dia 20 foi dedicado a admirar as obras do mestre Antoni Gaudi, então pegamos o trem de onde estávamos (Móstoles) até Barcelona. Mais uma vez, o estacionamento era caro e depois do ocorrido de ontem, não podíamos arriscar em deixar o carro na rua. Concluímos que era mais barato e seguro ir de transporte público. Foi rápido, levamos uns 25 minutos no percurso.  

Pela manhã fomos visitar a Igreja da Sagrada Família (símbolo de Barcelona), que é imensa e impressionante... Gaudi é um gênio da arquitetura, pois, para fazer a inusitada e famosa catedral, se inspirou em elementos da natureza. Presente em sua vida desde a infância, a natureza teve um papel fundamental no desenvolvimento de seus trabalhos e de sua maior obra.

Citando um simples exemplo, os pilares internos de sustentação da Sagrada Família imitam as estruturas dos troncos de gigantescas árvores. Foram anos de observação e estudos para que ele concluísse que podia copiar a natureza. Porém, Gaudi não conseguiu concluí-la, quando ele morreu havia sido terminada apenas a primeira grande torre.

O projeto foi terminado pelo artista e está sendo criteriosamente seguido. A catedral, prevista para ficar pronta somente em 2030, será uma das mais lindas do mundo!!! Ficamos extremamente impressionados com a genialidade de Gaudi e esperamos voltar, daqui a 20 anos, para admirá-la...

Dos malucos e bem elaborados prédios de Gaudi aos devaneios de Salvador Dali e Pablo Picasso, Barcelona nos entorpeceu pela tamanha diversidade e novidades que encontramos a cada passo... É uma cidade muito autêntica!!!

Em relação ao povo, nos sentimos mais em “casa” do que qualquer outra cidade que visitamos, acreditamos que a similaridade da língua também nos favorece Os espanhóis, ou melhor, catalães, como se orgulham de serem chamados, são muito educados, receptivos e honestos.
  
Tanto que, finalmente encontramos um “menu touristic” de verdade e almoçamos muito bem. Aliás, foi o melhor custo beneficio em relação à comida que achamos além de farto e muito gostoso.

À tarde visitamos La Pedrera, outra obra do mestre. Nesse prédio, Gaudi explorou sua criatividade para fazer apartamentos residenciais para a sociedade burguesa da época. Os apartamentos são enormes, reparamos que só a sala e o quarto de visitas já davam o nosso apto inteiro!!! (rsrsrs...). Prosseguimos nosso passeio pelas ruas e terminamos o tour na Ramblas.

 À noite, nos perdemos e acabamos andando um pouco mais para encontrar o trem certo de volta para o hotel, pois algumas linhas não são interligadas. Finalmente, chegamos ao hotel bem cansados...

No dia seguinte, passeamos por todo Port Vell (porto e marina de Barcelona, onde fica a praia e também a Vila Olímpica). Lá o clima estava bem legal, com muitas pessoas na praia e passeando no calçadão, afinal era sabadão!!!

No final da tarde, até passamos no Parc Guell (mais uma de Gaudi), mas estávamos cansados demais para caminhar por lá... Então só demos uma olhada.

Antes de seguir viagem para Madrid, fizemos breve parada no La Rocca Village, outro Outlet!!! Ai meu Deus, encontramos algumas pechinchas... Mas nada se compara a Itália em matéria de Outlets!!! Depois pegamos a estrada.  

Adios!!!


Foto: Fla e Shigue – “Aos pés da catedral”
 



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Bienvenidos a Catalunha!!!



O excesso de malas quase nos meteu numa fria... Mas as bênçãos em Monte Serrat nos protegeram.

Saímos da França e passamos o dia todo viajando para Barcelona, mas no caminho paramos na Decathlon e tivemos a idéia de compra de outra mala... Pois estamos com algumas coisas sobrando para fora das malas. Pobre Peugeotzinho, abarrotado de malas!!!

Dormimos no caminho, em nosso aconchegante “hotel Peugeot” e pela manhã chegamos à Espanha. Fomos direto visitar o Monte Serrat, um lindo monastério escondido no meio das montanhas... Mesmo assim, é repleto de peregrinos e turistas.

Ao entrarmos na belíssima Catedral da Nossa Senhora de Monte Serrat, era realizada uma missa (em catalão!!!), mas aproveitamos para assistir. Foi bem diferente, pois no altar estava o coro de padres, sentados em cadeiras apropriadas para tal. Ao contrário de algumas igrejas que visitamos, nessa pudemos sentir a verdadeira espiritualidade do lugar. Não somente pela presença dos padres, mas também pelo ambiente ao redor, que é cercado por uma cadeia de montanhas.

Chegamos perto da imagem da padroeira (Nossa Sra. de Mte Serrat - La Morenita) e como os demais pudemos tocá-la, somente nas mãos, mas tá valendo!!!

Depois de fazermos o check-in no Formule 1 de Móstoles (perto da cidade), fomos de carro para Las Ramblas, o calçadão mais famoso de Barcelona. Lá o Shigue relembrou as ruas em que andava quando era comissário, e eu de tudo que ele me contava nessa época.

É tudo muito divertido, colorido, cheio de agitação e pessoas (vendedores, turistas, artistas de rua e afins), tudo bem legal e alegre. Porém, como toda cidade badalada, tem os pickpockets (no Brasil, vulgo trombadinhas), o jeito era ficarmos atentos!!!

Na volta para o hotel, circulávamos tranquilamente de carro pela Vila Olímpica (próximo a marina, onde ficaram os atletas nas Olimpíadas de 92) e o Shigue, que estava dirigindo, teve a impressão que dois motoqueiros estavam nos seguindo... Quando paramos no semáforo tivemos a certeza que eles realmente nos seguiam.

Eles pararam um de cada lado do carro e ficaram de olho na mala que tínhamos no banco de trás (com o porta malas abarrotado, sobram malas que vão no banco). Ameaçamos sair com o carro e eles também foram, mas como são amadores acabaram indo muito para frente do carro, daí não tínhamos mais duvidas, eles realmente queriam nos pegar!!!

Depois de tamanha indiscrição, eles se tocaram que nós já estávamos “espertos” (malandroooo!!!) e um fez sinal para o outro de ”cair fora”. “Qualé mermão???” Nós somos brazucas e já conhecemos “os esquemas” desde criancinhas. Somos desconfiados por natureza e na escola que eles aprenderam, nós damos aula!!! (rsrsrs...).

Isso tudo foi nosso desabafo de raiva... Esses catalães pensam que nós (brazucas) somos trouxas?! Ficamos mais atentos ainda!!! E só para dar um “susto”, quando eles se dividiram, nos seguimos um deles. O Shigue “colou” na traseira da moto e ele viu que eu anotei a placa, logo ele nos deixou ultrapassá-lo e freou. Nós também freamos o carro e esperamos ele passar, mas o malandrão perdeu a coragem (estava sozinho!) e fugiu pela primeira via que encontrou antes de chegar até onde estávamos.

Sabíamos que os assaltos eram raros e pela atitude eles não estavam armados, mas com certeza eles iam nos furtar, talvez quando parássemos o carro, por isso nos seguiram por tanto tempo... O melhor foi não duvidarmos, isso serviu de alerta para não voltarmos à cidade de carro no dia seguinte!!!
 
Mesmo assim, não há nada que tire a fascinação que se tem ao conhecer Barcelona. Depois da emocionante degustação da cidade (graças a Deus foi só isso), voltamos para o hotel dispostos a explorar mais no dia seguinte...

Hasta la vista!!!


Foto: Fla e Shigue – “O monastério de Mont Serrat”
 




terça-feira, 17 de novembro de 2009

A linda Cote d`Azur



Voltamos ao sul da França para conhecer o glamour do Mediterrâneo...

Ao chegarmos a Nice, nos hospedamos em um Formule 1, lá na “casa do chapéu”, mas tout bien, afinal estamos de carro. Acordamos cedo e fomos para Mônaco, onde passeamos o dia todo. Esse principado é lindo, fica numa encosta e de qualquer lugar que olhávamos podíamos ver o mar.

O glamour então, nem se fala, é tudo extremamente chique... Mônaco transpira sofisticação, nas ruas é super comum encontrar variados modelos de Ferrari e Jaguar, a marina é repleta de mega iates e pequenos navios (um mais lindo e glamoroso que o outro) e o meio de transporte público são modernos elevadores (já que a cidade começa no topo da encosta).

Encontramos a concessionária da Ferrari numa das esquinas, que apesar de estar fechada (no domingo), deixava livremente alguns carros expostos do lado de fora. Fizemos a festa, tocamos e tiramos várias fotos ao lado das super máquinas... Nem no salão do automóvel (que se paga para ver) chegamos tão perto de uma Ferrari!!!

À tarde, fomos no aquário do Principado, fundado pelo Príncipe Albert I (grande pesquisador marinho) e emprestado a Jacques Cousteau para suas pesquisas e estudos. O lugar até que é grande com um mega aquário principal, mas para nós, nada é tão imenso quanto o aquário de Osaka (que tem até um tubarão baleia!!!). Mesmo assim, o passeio foi interessante.

Também vimos o castelo da família real de Mônaco, reinado até pouco tempo atrás, pelo Príncipe Ranieri Grimaldi II e a famosa Princesa (atriz) Grace Patrícia Kelly, ainda aclamada pelos cidadãos!!!

À noite, antes de voltarmos para Nice, andamos pelo parque de diversões, instalado no local onde (em época de Fórmula 1) ficam instalados os boxes do Circuito de Monte Carlo.

No dia seguinte, viajamos para Cannes, que é tão glamoroso quanto Mônaco. Também é repleta de mega iates e embarcações e possui um calçadão a beira mar, todo arborizado com coqueiros e lojas de famosas grifes (Louis Vuitton, Chanel, Prada, Armani, Bulgari etc.).

O foco da cidade é cinema, devido ao famoso “Festival de Cannes”, vimos muitos cartazes de filmes e atores. Outra atração é a Galerie, onde em Maio é feita a premiação da “palma de ouro”, pena que não encontramos nenhum famoso...

À tarde viajamos de volta para Mônaco, mas antes desfrutamos um pouco do sol, sentados nas convidativas espreguiçadeiras no calçadão da praia. Pegamos o por do sol no caminho, a beira do lindo mar da Cote d`Azur, que é bem azul (royal, diferente de Los Roques, que é bem claro)!!!

Chegando ao Principado, fomos direto ao Cassino de Monte Carlo, não para jogar, mas apenas conhecer. Tiramos muitas fotos, mas não pudemos usar o tripé (é proibido), fomos alertados pelos policias. O lugar é muito chique... Repleto de carrões na porta e seguranças bem trajados.

Para encerrar o dia, seguimos de carro o trajeto do Circuito de Monte Carlo, foi bem legal!!! A equipe “Peugeot” estreando nas ruas de Mônaco, pena que não pudemos correr, pois ao vermos o cenário que estamos acostumados a assistir aos domingos, dá a maior vontade de pisar fundo!!! (rsrsrs...). Contentamos-nos em segui-lo devagar e acompanhar as marcas de pneus nas “zebras” das ruas.

Na manhã do dia 17, saímos de Nice a caminho de Saint Tropez, novamente fomos pela estrada a beira mar. A costa azul é realmente muito bonita, antes de chegar a Toulon paramos em uma das praias para curtir o por do sol, mas o Shigue não se contentou em só admirar a praia...

Apesar do friozinho de outono, ele se empolgou e foi logo mergulhando no Mar Mediterrâneo!!!  À noite, chegamos a Toulon, que também fica perto da praia e encontramos (com a ajuda da Lady Gaga) “nosso” hotel no Formule 1. Depois aproveitamos para levar as roupas para a lavanderia, que desta vez, era meio cara...

C`est la vie!!!


Foto: Fla e Shigue – “A marina mais chique do mundo!!!”
 




sábado, 14 de novembro de 2009

A breve parada em Gênova



Seguimos nossa saga à bela Cote d`Azur, mas antes conhecemos a última cidade italiana do nosso roteiro.

Pela manhã, saímos do hostel camping de Veneza a caminho de Gênova, mas no caminho encontramos mais dois outlets (Franciacotta e Fidenza Village), que tinham preços bastante convidativos. Agora sim, aprendemos a comprar “garimpando” preços baixos.

Dormimos no meio do caminho no hotel Peugeot e chegamos ao nosso destino pela manhã. Vimos alguns navios de cruzeiro no porto, mas nada perto do esperado, imaginávamos encontrar uma frota, como nos catálogos das agencias de turismo.

Contentamo-nos em ver os lindos barcos e iates parados ali. Também vimos alguns passageiros do cruzeiro e, nos lembramos que em breve (inicio de dezembro) nós estaremos entre eles, pois embarcaremos num cruzeiro em Lisboa para voltar ao Brasil. Por ser ponto de parada de navios, Gênova possui muitas lojas de souvenir e alguns “aproveitadores”, como o espertinho do estacionamento onde deixamos o carro.

O sujeito roubou 15 minutos do nosso horário de entrada e ainda cobrava um absurdo por hora. Ao reclamarmos, ele achou ruim e resmungou em italiano... Que abusado!!!

Sinceramente, o passeio por esta cidade não foi dos melhores, pois o lugar não é tão bonito. Há muita “muvuca” e comércio nessa região, até lembra o centrão de São Paulo. Talvez, por isso não vimos muita graça perto do porto.

Depois de andarmos pelas ruas e tomarmos um gelato, retomamos nossa viagem a Nice, seguimos pela estrada que beira o mar, para curtir a beleza da Cote D`Azur... Desfrutamos de uma linda paisagem!!!


Foto: Fla e Shigue – “A parte bonita de Gênova”
 





quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A encantadora Veneza



Cenário de filmes e passeio preferido dos casais, os românticos canais venezianos nos convidam a descobri-los.

Acordamos cedo, deixamos o carro no hostel e seguimos de ônibus para Veneza. Assim como Amsterdã, os estacionamentos aos arredores da cidade são extremamente caros, compensando a viagem de transporte público (que leva em torno de 20 minutos).

Veneza é realmente única, a cidade por si só já é uma atração... O clima é muito agradável, os canais são repletos de embarcações (desde as famosas gôndolas, passando pelos barcos de pesca até os úteis vaporettos), há milhares de turistas por toda a parte, as lojas são coloridas com máscaras e vidros de Murano, o entardecer é poético e toda ponte é uma inspiração para uma bela fotografia.

Aqui, mapa não é orientação, pois se perder em seus becos é uma ótima maneira de sempre encontrar um novo caminho... E foi assim, que exploramos esse quebra-cabeça.   

Pela manhã, passeamos pelo colorido mercadão (parecido com o Mercado Municipal de Sampa, porém situado a beira de um canal). Por ali, ficam desde os peixes e frutos do mar bem fresquinhos, até as enfeitadas barracas que vendem máscaras venezianas.

Nossa meta também era se fartar da diversidade dos deliciosos gelatos. Com tantos sabores, um melhor que o outro, é inevitável provar menos que 2 por dia, mesmo no outono!!! No fim da tarde, saboreamos o melhor de Veneza: o clima agradável da Piazza San Marco e em delicioso gelato.

Terminamos o dia jantando num restaurante a beira do canal da Ponte Rialto e poderíamos até rir alto, se não tivéssemos caído no cardápio “pega turista” que, aliás, tem aos montes na Itália. Trata-se de um cardápio chamado menu touristic, composto pelos 3 pratos (primi prati, secondi prati, desert) e bebida, porém não é saboroso tão pouco farto, na verdade vem uma merreca.

O garçom também não ajudou muito, pois para nos “fisgar” ofereceu esse cardápio nos isentando da taxa (normalmente cobrada na Itália) e na hora do pagamento disse que não havia dito isso!!! Depois descobrimos que o halal (apelido que inventamos para turcos e árabes, marroquinos e afins), junto com a esposa (uma chinesa), eram os donos do restaurante italiano... Que miscelânea, isso que é globalização!!!

Falando nisso, o que mais encontramos espalhados nas cidades européias foram turcos, árabes etc., que na maioria das vezes, tem uma lanchonete de kebap (sanduíche tipo churrascão grego), ou uma lojinha de souvenir. É engraçado, pois toda cidade tem uma lanchonete dessas, a primeira que fomos foi em Paris e se chamava Halal Kebap, daí o apelido halal.

No dia seguinte, viajamos de vaporetto para Murano, uma das ilhas pertinho de Veneza. Até pensamos em passear de gôndola pelos canais venezianos, mas como era muito caro (80 euros por 1 hora), nos contentamos em pegar um passe de vaporetto válido para o dia inteiro (16 euros por pessoa) e de quebra poder passear em outra ilha.

Famosa pelo artesanato e esculturas em vidro, Murano é pequena e encantadora, mas não muito diferente da vizinha Veneza. Aproveitamos à tarde, para fazer um pic-nic a margem do canal principal com as gaivotas... Foi engraçado, viramos atração turística!!! Pois alimentamos as gaivotas com pão e elas vieram aos montes, atraindo também os turistas para fotografá-las. (ora, pois! Tinha até um “portuga” nos filmando... rsrsrs...).

Caminhamos pelos canais e nos impressionamos com a delicadeza das esculturas de Murano, realmente eles são mestres nesse trabalho e extremamente detalhistas. Ao cair da tarde, voltamos de vaporetto e pudemos admirar o sol se pondo durante a travessia. 

Para variar, depois de jantarmos no Brek (um restaurante bom e barato de Veneza, não caímos mais no “pega turista”) tomamos um delicioso gelato antes de voltar para o hostel


Foto: Fla e Shigue – “Fim de tarde entre as gôndolas”
 




terça-feira, 10 de novembro de 2009

A caminho de Veneza



Antes de chegar à cidade, finalmente encontramos o verdadeiro Outlet.

Saímos pela manhã de Florença a caminho de Veneza, mas antes passamos em mais um Outlet. A prioridade era fazermos uma parada, pois o Shigue não estava muito bem, na noite anterior ele tomou uma “cerveja da casa” na pizzaria, que não caiu legal...

Depois da melhora, passeamos pelo tal Outlet, só para olhar mesmo, já que nos outros os preços eram exorbitantes... Porém, depois de muito garimpamos, encontramos algumas coisas boas!!!  No final das contas valeu à pena procurar pelo Outlet certo, até agora só tínhamos visto bons preços na Alemanha e no Outlet de Salzburg.

Seguimos viagem para Veneza, onde chegamos somente a noite. Fomos direto para o “Hostel Plus”, albergue da mesma rede de Florença. Mas não com tantas regalias, tratava-se de um camping, ficamos em um dos chalés... O lugar é bem agradável, no verão funciona como um clube, tem até piscina e lavanderia!!!

Como já era noite, fomos andar rapidamente nos canais de Veneza, deixamos o carro em um estacionamento, pois na cidade não é permitido (nem possível!) a circulação de veículos. Depois de nos perdermos um pouco pelos becos, voltamos para o nosso chalé. Amanhã Veneza nos espera!!!

Ciao!!! (que aqui, serve tanto para oi quanto tchau!)


Foto: Fla e Shigue – “Ponte Rialto”






segunda-feira, 9 de novembro de 2009

À moda italiana



Aproveitamos o dia curtindo as obras renascentistas e os famosos gelatos nas ruas de Florença. 

Na noite anterior tínhamos jantado em uma pizzaria e esquecido nosso guarda chuva, daí pela manhã saímos para buscá-lo e o encontramos. O mais engraçado dessas situações é falar com o povo, citando Zizo Asnis (no Guia criativo para o viajante independente na Europa  - ótimo guia!!!, que nossa amiga Celia emprestou) nos arriscamos a falar um  “portunhoitaliano, uma macarrônica mistura de português com palavras em espanhol e um sotaque italiano.” O bom é que ainda assim, eles nos entenderam.  

Para explorar bem a cidade, tínhamos copiado, em nosso mapa, um roteiro disponível no mural do hostel. Nele havia a orientação para se conhecer Florença em apenas 1 dia, passando pelos pontos mais interessantes, e lá fomos nós.

Começamos nosso passeio pela Catedral de Santa Maria Del Fiore, que surpreende pela riqueza de detalhes em sua fachada, são centenas de esculturas para compô-la, porém seu interior deixa um pouco a desejar. Apesar de imenso, é vazio e há apenas um altar, no qual não se pode chegar perto. Tiramos algumas fotos e seguimos o dia andando pelas ruas de Florença.

No percurso encontramos outras igrejinhas bem menores e mais simples por fora, mas impressionantes por dentro, como muitas na Europa.

Essa cidade é realmente o berço do “Renascimento”, prova disso, são as diversas esculturas espalhadas pelas ruas. A minuciosidade em esculpir, dos grandes artistas como Michelangelo, é simplesmente perfeita. Ele até dizia que ele não fazia esculturas humanas, mas sim libertava as estátuas que estavam presas no mármore... Modesto!!!

As grandes atrações da cidade são: a Venus de Botticelli, que fica na galeria Uffizi e o Davi de Michelangelo, também preso na galeria da Academia. Contentamos-nos em ver a réplica do Davi que fica na rua mesmo, pois não tivemos coragem de pagar por 10 euros para ver cada um deles, ou seja, no total 40 euros (eu e o Shigue)!!!

Ah! Já tínhamos visto bastante esculturas e obras, inclusive as do Renascimento italiano no Museu do Louvre em Paris e pagamos muito menos para ver muito mais tesouros arqueológicos (8 euros)!!!

Na Itália dá para se sentir em casa, o povo é muito parecido com o brasileiro, mas nós esperávamos mais... O problema é que começamos nosso roteiro por países onde o povo é extremamente educado e organizado e na Itália, infelizmente, não dá para se exigir muito disso. Nas ruas também vimos muitos prédios velhos (precisando de reforma mesmo!) e varais de roupas para fora das janelas.

Detalhes a parte, aproveitamos o melhor da cultura italiana, que são os gelatos (sorvetes), a fartura na mesa (no cardápio tradicional há a entrada, o primi prati, secondi prati, a insalata e a desert) e as massas, mas não as pizzas... As melhores, sem dúvida são feitas em São Paulo!!!

As pizzas italianas são carentes de massa e recheio, já nos gelatos eles são mestres... Não existe nada melhor no mundo em matéria de sorvete. Ainda falta muito para Sttupendo (sorveteria em Moema) chegar a essa perfeição. Outro fato engraçado foi encontrarmos um atendente “chinesinho” falando italiano na sorveteria... Imagine o Jackie Chan com sotaque do “poderoso chefão” oferecendo um “gelato picolo”!!! Seguramos o riso... (rsrsrs...).

À tarde fomos até a Ponte Vecchia, que é velha mesmo e vista pela lateral é cheia de casinhas... nos lembraram palafitas de Manaus. Aos arredores dela encontramos vendedores ambulantes, muitos deles são brazucas. Chegamos até a conversar com um que nos contou as vantagens de se viver na Itália... Como camelo?! Ah, tá!!!  

À noite, aproveitamos o que o hostel tinha de melhor a nos oferecer e relaxamos na sauna e piscina. Que, aliás, era aquecida, com hidromassagem e cromoterapia (a piscina tinha iluminação que mudava de cor). Descanso merecido, depois de noites no “hotel Peugeot” e na simplicidade do Formule 1...

Antes de terminar o dia, cortei o cabelo do Shigue (já estava precisando)... Apesar de alguns fiozinhos rebeldes, ufa... deu certo!!!

Até mais...


Foto: Fla e Shigue - “Fim de tarde na Ponte Vecchia”
 





domingo, 8 de novembro de 2009

Benvenuti!!!



Deixamos o frio dos Alpes de lado para chegar à confusa e escandalosa Itália.

Pernoitamos no carro em Chur, uma cidadezinha na entrada do vale para os Alpes, onde o frio ainda não era congelante, mas estava bem próximo disso. Pela manhã, fomos a uma simpática cafeteria local e tomamos um chocolate quente servido com uma espuma de leite delicadamente desenhada em formato de coração (caprichos suíços).    

Seguimos viagem pelo vale dos Alpes e apesar da paisagem ser totalmente branca e fria, é muito bonita. Bem diferente do que estamos acostumados a ver... repleta de montanhas cobertas por neve. No caminho pesquisamos o preço de algumas pousadas e também de estações de esqui, mas infelizmente, o custo de vida alpino é muito caro. Isso nos obrigou a mudar nossos planos de roteiro. Além do alto custo, a maior atração dessa região são as estações, que ainda estavam fechadas (restando apenas as Glaciais, muito mais caras!).

Nosso roteiro planejado era percorrer os Alpes por 3 dias, seguindo para Lausanne e Genebra. Como não seria interessante ficar mais tempo nos Alpes, cortamos esse trajeto e ganhamos esses 3 dias para curtir em outros lugares.

Antes de sairmos do friozinho, jantamos em uma espécie de cantina, que mais parecia a “casa da sogra”, (rsrsrs), não pela bagunça, mas pela galera. Quando entramos no restaurante, nos deparamos com um monte de gente sentada conversando e rindo, tudo bem em família. Desconfiamos que todos eles eram parentes, inclusive da dona do restaurante... Foi engraçado, pois quando saímos todos se despediram de nós com “Tchau”... A noite viajamos para Itália!!!

Dormimos no “hotel Peugeot” no trajeto para Firenze (Florença) e em nossa parada para o café da manhã no posto, achamos os primeiros vestígios que estávamos na Itália...  Encontramos uma barulhenta caravana da terceira idade, que lotou a cafeteria. Não tinha como negar que eles eram italianos, devido ao jeitão nada discreto de falar e gesticular. Até nos sentimos em uma festa da “Achiropitta”.

O mais engraçado, foi a invasão das nonas italianas ao banheiro masculino, o Shigue estava lá e se assustou quando, de repente, entrou um bando de tiazinhas para usar o banheiro, pois o feminino estava com fila... Sem cerimônia, a senhora entrou e já foi logo dizendo em alto e bom som: “Viste uno, viste tutti”, para os homens presentes... Daí não nos restava dúvidas que realmente chegamos à Itália!!!

No caminho passamos brevemente por um Outlet perto de Genova, que só tinha grandes grifes (Chanel, Gucci, Empório Armani etc.), já deu para imaginar como tudo era grandiosamente caro também!!!

Chegamos a Florença, no final da tarde e fomos procurar um lugar para ficar. Ao contrário dos outros países da Europa, na Itália os motoristas buzinam e não respeitam muito as sinalizações, como já tínhamos nos desacostumado com esse jeitinho latino de ser, acabamos nos irritando um pouco. Para piorar de vez, a Lady Gaga (GPS) resolveu entrar em pane e as placas de indicação italianas não ajudam nada...
Daí o motorista da vez (Shigue) se irritou mesmo, mas com razão, as placas mais complicam do que orientam. As indicações são sinalizadas bem em cima do ponto onde tínhamos que fazê-las. Além disso, junto às tais placas há varias outras de publicidade, resultando em uma enorme poluição visual.

Com a paciência esgotada, finalmente chegamos ao hotel Íbis, que segundo o outdoor que vimos, oferecia diárias por 49 euros, mas era pura enganação. O recepcionista nos disse que esse preço era válido somente para reservas feitas com 20 dias de antecedência, pela Internet. Ou seja, tínhamos atravessado a cidade seguindo placas esdrúxulas para chegar a uma tremenda propaganda enganosa!!!

Seguimos novamente as placas desorientadoras para chegar ao centro de Florença e tentar achar um hotel. Após conseguirmos, eis que surge o “Oásis no deserto”, encontramos o Plus hostel, um albergue bem legal. Tinha piscina, sauna seca e úmida, e quartos individuais, igual a um hotel mesmo e o que é melhor a preço de hostel (54 euros – quarto para casal).

E fizemos tudo sem a ajuda da Lady Gaga, que para confirmar a “lei de Murphy” voltou a funcionar depois!!!

Arrivederci!!!


Foto: Fla e Shigue – “Lindo, mas frrrriiooooo”
 


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Preciosidades austríacas!!!



Do majestoso castelo de Neuschwanstein aos brilhantes cristais Swarovski, os arredores de Innsbruck nos surpreenderam, assim como a multa na Suíça...   

Cogitamos de esquiar novamente, mas já estávamos cansados de ver tanta neve... O dia amanheceu ensolarado e nos animamos a fazer um passeio ao ar livre, então decidimos conhecer o Castelo de Neuschwanstein.

O castelo é magnífico por dentro e por fora, tanto que inspirou o Walt Disney a construir seu famoso castelo na Disneylândia. Foi feito em 1864 por ordem do rei da Bavária, Ludwig II, que devido a sua morte inexplicada (foi encontrado morto na beira de um lago junto com seu médico) não o viu concluído.

A esplendorosa construção fica numa colina, caminhamos uns 20 minutos para chegar até lá e o passeio pelo bosque apesar de íngreme é bem agradável. Visto de fora impressiona por ter aquela imagem de castelo de conto de fadas, mas internamente a riqueza de detalhes na decoração e pinturas nas paredes nos impressionaram muito mais. Pena que é proibido tirar fotos... Daí quem quiser ver por dentro, tem que conferir pessoalmente.

Foram as óperas do amigo Richard Wagner que inspiraram o rei a tal feito, pois ele se identificava com o personagem principal. E baseado nisso, vivia em seu mundo particular de fantasias. Diante de tantos detalhes, desde a construção do lustre em ouro e pedrarias até a cama real esculpida minuciosamente em jacarandá, o Shigue afirmou que esse tal rei era mesmo uma “bichona”... (rsrsrs...). Imagina um homem se inspirar em outro, para fazer um fantástico castelo!!! Realmente se fosse feito pensando em uma mulher seria mais plausível e nobre... (vai saber!?).

 Depois de ver tamanha suntuosidade, voltamos para a realidade, mais especificamente ao centro de Innsbruck. Tivemos que ir a C&A, para trocar as grandes meias que compramos no dia anterior e ficamos impressionados com a honestidade do povo. Sem cupom fiscal (esquecemos no B&B), nem sacola, conseguimos trocá-las pela numeração correta e ainda ganhamos um bônus, pois o preço havia sido reduzido. Eles poderiam apenas trocar o tamanho, que nós nem saberíamos que o preço caiu (da noite para o dia), mas agiram corretamente.

Na manhã do dia 6, saímos do B&B, com uma trouxinha de roupas a caminho da lavanderia. Enquanto a máquina as lavava demos uma volta pelo centro da cidade, antes de partirmos ao nosso próximo destino (Alpes Suíços).

Nosso último passeio em Innsbruck foi conhecer a fábrica Swarovski (dos cristais mundialmente conhecidos e imitados). Nós pensávamos que se tratava de uma excursão para ver a produção das tais preciosidades, mas não era nada disso.

A visita aberta ao publico era para uma galeria que fazia parte do complexo da fábrica. Uma coisa meio maluca, na entrada tinha um jardim em formato de um homenzinho que cuspia água (fonte) com olhos de cristal que mudavam de cor.

Lá dentro, na primeira parte da galeria, até encontramos lindas peças feitas com cristais Swarovski, mas depois entramos em umas salas meio malucas... Para se ter uma idéia, uma delas tinham manequins se movimentando e outra era um enorme domo em que podíamos entrar e admirar a mudança de cores e luzes refletindo nos cristais. Esse passeio é o típico “pega turista”, mas valeu pela lojinha, que vendia produtos Swarovski (jóias, artigos de decoração etc.) com preços bem abaixo do mercado.

Na continuação de nosso trajeto, rumo à Suíça, o Shigue me passou o volante (pra quê?!)... Fui seguindo as orientações da Lady Gaga (GPS), que me indicava o limite de 110 km/h, mas na verdade o limite da rodovia era de 80 km/h, daí não deu outra... O policial me parou e aplicou uma multa. O pagamento era imediato (sem choro!) e em cartão de credito... Ainda por cima, fomos obrigados a ouvir que brasileiros “são agressivos” no volante!!! Bem, não é mérito, mas pelo menos a carteira internacional de motorista serviu para alguma coisa (rsrsrs...).

Só para confirmar a “zica” comigo ao volante, prosseguimos viagem e eis que fomos parados pelo policial na fronteira de Liechtenstein (um país do tamanho de um bairro). Era checagem de rotina, mas até agora atravessamos tantas fronteiras (nove no total) e não havíamos sido parados em nenhuma, sequer vimos um policial nelas!!!  Tudo bem, não levei para o lado pessoal...

Tout bien!!!

Foto: Fla e Shigue – “O original Castelo da Disney” (foto da foto!!!)

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

De volta à Europa Ocidental



Após uma breve passada em Salzburg e Berchtesgarden, chegamos à paisagem fria de Innsbruck.

Na manhã do dia 2, saímos do Íbis de Budapeste, até agora o hotel mais bacana que ficamos (com banheira!), tudo porque pegamos novamente a promoção de final de semana. Viajamos para Salzburg, onde chegamos somente no inicio da noite, fomos direto para o Etap (hotel da rede Accor e semelhante ao Formule 1), pois estávamos muito cansados do trajeto de carro.  

Na Áustria, assim como na Alemanha, o comércio fecha bem cedo (por volta das 19h). Então só deu tempo de dar uma olhada num Outlet ali por perto, mas fomos fortes e resistimos às tentações (das “compritchas”, o preço era bem em conta!).

Acordamos cedo e saímos a caminho de Berchtesgarden para visitar o Eagle`s Nest (Ninho da Águia), casa no topo da montanha que o “coisa ruim” do Hitler ganhou de presente ao completar 50 anos, mas nossa exploração foi sem sucesso. Devido a neve, as estradas estavam fechadas e não conseguimos chegar até ao tal ninho.

Portanto, só nos restava seguir viagem... Partimos para Innsbruck, onde chegamos á tarde e depois de muito “camelar”, finalmente encontramos um lugar para dormir (esquema B&B – Bed and Breakfest,). O lugar era muito freqüentado por backpackers (mochileiros), tanto que vimos um mapa mundi no qual cada viajante assinalava o nome em seu país de origem e já estava repleto de gente que passou por ali, inclusive brasileiros.

Era uma espécie de apartamento com três quartos, um deles era de casal (foi onde ficamos), os demais eram separados em feminino e masculino (tipo Hostel - albergue). Tranqüilo, tínhamos as chaves do nosso quarto e tudo (cisma típica de brasileiro).  Mas o estranho no começo, era escutar o barulho das pessoas nos outros cômodos da casa... Parecia que estávamos invadindo a casa alheia!!! O banheiro era limpinho, mas comunitário...

Em Innsbruck não encontramos nada por menos de 70 euros (muito fora do nosso budget de 40). Apesar da extrema simplicidade, foi um dos mais caros que já pagamos até agora, a única vantagem era o café da manhã incluso, servido na tradicional confeitaria “Munding” (existente desde 1830) que ficava embaixo do apartamento.   

Terminamos nosso primeiro dia na cidade, indo com um mochilão enorme para a lavanderia, afinal desde Amsterdã não fazíamos esse tipo de passeio.

No dia seguinte, nosso programa foi esquiar... E lá fomos nós, em busca do Stubaier Gletscher (uma das montanhas “Glaciais” perto de Innsbruck, onde neva o ano inteiro!). Na estrada que levava à montanha, já tivemos uma breve idéia do que nos esperava... A paisagem era “natalina”, repleta de pinheiros com neve e ruas completamente brancas.

Na estação de esqui pegamos um lift (teleférico) até o “céu”... É sério, o trajeto não tinha fim, só paramos de subir quando chegamos a 3.340m (praticamente no topo da montanha), daí desembarcamos prontos para nos “acabar” no snowboarding...

Dito e feito, nos “acabamos” mesmo, mas de tanto cair... Desinformados, pegamos o lift que levava para as pistas mais difíceis, não deu outra, foi uma seqüência de tombos. Ao contrário do que imaginávamos, quando a neve é muito fofa não é legal para iniciantes, a prancha atola em qualquer montinho de neve. Pra piorar a situação, começou a nevar forte e não enxergávamos nada além da nevoa branca.

Quando estivemos no Japão, já havíamos praticado snowboarding, mas as condições climáticas eram bem mais favoráveis... Um belo dia de sol e uma montanha de apenas 3 estágios, bem diferente da cadeia de montanhas dos Gletscher, repleta de estações e pistas, da nevasca e frio (uns 20 graus negativos) que enfrentamos desta vez.

O jeito foi brincar um pouco na neve e curtir o lindo visual das montanhas...

Até mais!
 
Foto: Fla e Shigue – “Nosso boneco de neve!!!”